Capítulo 9

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Alessandra, mulher misteriosa ao mesmo tempo carismática. Quem diria que a vida a surpreenderia e Alessandra viveria uma vida dos sonhos? Morreu muito jovem sim, seus últimos anos de vida foi difícil ao descobrir um câncer no estômago. Mas o mais importante é que Alessandra realizou todos os seus sonhos em vida.

- A nossa vó tem a ver com isso? - Diz Bia, incrédula.
- Dan, você tem certeza disso? - Diz Carol, sem acreditar que Dona Helena teria coragem de fazer isso.
- Tenho. - Começa Dan, pegando o celular e mostrando as fotos que tirou do computador, mostrando que tentaram hackear seu computador. E continua - Olhem, conseguir descobrir quem é o dono da conta do invasor, meu Primo estava lá em casa, ele manja muito dessas coisas e me ajudou com isso.
- Calma aí, mas como você sabe que é a nossa avó que está envolvida nisso? - Diz Bia, olhando as fotos pelo Celular do Dan.
- Entramos em contato com esse hacker, fingimos que queríamos hackear um computador e perguntamos se ele poderia nos ajudar. - Começa Dan, olhando para as meninas e continua. - Ele nos passou os preços e a forma dele trabalhar, eles são muito discretos, tive que pagar para ele passar o número dele particular e vi a foto dele. - Diz Dan, desbloqueado seu celular e mostrando a foto do hacker para as meninas.
- E ele falou alguma coisa sobre a nossa avó? - Pergunta Carol.
- Não, mas enquanto meu Primo estava falando com ele, o hacker recebeu um telefonema e pediu para o meu Primo esperar na ligação. Como estava no viva voz, ouvimos tudo. Era a Dona Helena e vou provar. - Diz Danilo, mostrando a gravação no Celular, onde dá para ouvir claramente a voz de Dona Helena, mandando o hacker fazer o serviço, que estava pagando para isso é outras coisas a mais.
- Meu Deus, é ela mesmo. - Diz Carol, se levantando e levando as mãos até a boca, desacreditada.
- Que mulher louca. - Começa Bia e conclui. - Deveria estar em um Hospício.
- Mas ele não conseguiu hackear, Joaquim manja muito de computador e me ajudou. - Diz Danilo.
- O Joaquim? - Diz Carol com os olhos brilhando.
- Sim, ele. Você ainda gosta dele, né? - Diz Danilo olhando para a Carol.
- Claro que não. - Diz Carol, sorrindo.
- Imagina se não. - Diz Bia.
- E o Gustavo, Bia? - Pergunta Danilo, olhando para a Bia.
- O que tem ele?
- Ainda fica com ele? - Pergunta Danilo.
- De vez em quando, Dan. - Começa Bia. - Ficamos a última vez na Casa da Isadora, antes de ficarmos de castigo. - Diz Bia e conclui. - Mas nos falamos sempre pelo Celular.
- Vamos cair na piscina? - Pergunta Carol.
- Seu Edgar não vai achar ruim? Vocês estão de castigo. - Pergunta Dan.
- Não, a piscina estar liberada. - Responde Carol. - Dentro da piscina, começam a conversar.
- E o envelope? - Pergunta Dan.
- Não abrimos ainda, a Dra. Liliana disse que podíamos conversar com o nosso pai, ver o que ele acha da ideia de abrirmos o envelope juntos.
- Ah sim, vocês me falaram que estão fazendo Terapia. Estão gostando? - Pergunta Dan.
- Ah, é um lugar que temos que falar sobre momentos, digamos muitas vezes, difíceis. Mas tem me ajudado muito, a como lidar com algumas coisas. - Diz Carol.
- Concordo com a Carol, é exatamente isso. - Completa Bia.
- Eu também fiz terapia quando era criança. - Diz Dan e completa. - Sei que vão me perguntar porque, como foi, mas depois conto mais sobre isso. - Diz Dan, sorrindo.

Já são 20h00 e Seu Edgar aparece no quintal e se aproxima da piscina: - Vou me encontrar com a Silvana, quer uma carona para a casa? - Pergunta Seu Edgar para Danilo.
- Sim, só vou me trocar. - Diz Danilo, saindo da piscina.
- Pai, vai demorar? Queria falar com você depois. - Diz Carol saindo da piscina.
- É muito importante? Estava pensando em voltar pra casa 00h00. Mas volto antes para conversarmos, tá bem? - Pergunta Seu Edgar.
- Não é urgente. Pode voltar mais tarde. - Diz Carol e sorrir.

Horas mais tarde Seu Edgar chega em Casa e ver as meninas na sala, assistindo filme.
- Estão assistindo o que? - Pergunta Seu Edgar. - Sentando no sofá e pegando uma almofada e colocando no colo.
- Romeu e Julieta. - Responde Carol, que olha rapidamente para o pai e volta o olhar para a TV.
- Um Clássico. -  Começa Seu Edgar e continua. - Querem conversar agora?
- Amo Romance - Comenta Carol. - Mas podemos falar amanhã, pai? Amo esse filme.
- Xiu! - Diz Bia. - Quero ouvir o filme.
- Nós falamos amanhã então. Vou terminar de assistir com vocês. - Diz Seu Edgar, pegando um pouco de pipoca.

No dia seguinte, Bia e Carol entram no quarto do Seu Edgar e deitam na cama, enorme de casal. Seu Edgar abrindo os olhos, se virando para as filhas, enquanto passa as mãos nos olhos, despertando.
- Bom dia. - Diz Bia e Carol, enquanto o abraçam.
- Bom dia, minhas vidas. - Diz Seu Edgar. - As abraçando de volta.
As meninas falam do envelope, que encontraram no baú e pergunta se Seu Edgar sabe o que é.
- Sei, é o envelope da mãe de vocês. - Diz Seu Edgar, sentando na cama. - Vocês não abriram, né? - Pergunta.
- Não, estamos falando com você primeiro. - Responde Carol.
- Fizeram bem. - Diz Seu Edgar. - E cadê o envelope? - Pergunta.
- Aqui! - Diz Carol, entregando o envelope para o pai. - O que significa "Ales dra?" - Pergunta.
- Alessandra. - Diz Seu Edgar, pegando o envelope. - Ué, está apagado? - Pergunta Seu Edgar, sem entender.
- Acho que apagou com o tempo. - Diz Carol.
- Não, da pra perceber que tentaram apagar o nome. - Diz Seu Edgar olhando o nome "Ales dra."
- Foi o que eu disse. - Diz Bia olhando o envelope.
- Querem abrir agora? - Diz Seu Edgar, entregando o envelope para as meninas.
- Podemos? - Pergunta Carol.
- Claro, são de vocês. - Responde Seu Edgar. Sorrindo.
Ao abrirem o envelope, tiram fotos de Alessandra, que sorria nas fotos com aqueles olhos azuis brilhando e com vestido florido. - Essa foto foi de uma viagem que fizemos para Austrália - Diz Seu Edgar e completa. - Estávamos radiantes, foi logo que descobrimos que ela estava grávida de vocês. Rimos muito, namoramos muito nesse dia, fomos muito felizes. - Diz Seu Edgar com sorriso no rosto.
- Ela era linda. - Diz Bia, sorrindo.
- Linda demais. - Diz Carol, enquanto olha a foto da mãe.
- Essas pinturas foi algumas das obras que Alessandra fizeram para vocês. - Diz Seu Edgar olhando os desenhos feito pela ex esposa.
- Ela era uma artista. - Diz Bia.
- Igual você. - Diz Seu Edgar. - Orgulhoso.
- Que orgulho da nossa mãe. - Diz Carol.
- E essa carta aqui. - Pega Seu Edgar. - Alessandra escreveu para vocês. - Diz feliz e completa. - Mas ela pediu para entregar pra vocês, quando fizessem 18 Anos. - Diz Seu Edgar, aos risos. - Alessandra gostava dessas coisas. - Completa.
- Ah, vamos ter que esperar até os 18? - Diz Bia, ansiosa.
- Sim, faltam alguns meses. Vai por mim, vai valer a pena. - Diz Seu Edgar, guardando a carta.

17 Primaveras - (COMPLETO).Onde histórias criam vida. Descubra agora