Capítulo 14

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Celso Martinelli

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Celso Martinelli


Surpreendentemente, Celso topou a proposta, ele disse que, se ia experimentar com homens, não abriria mão de nenhuma novidade que lhe oferecessem, e marcamos um encontro para a noite seguinte. Um pouco antes da hora marcada, Jorge passou no meu prédio para me pegar e fomos até o motel de luxo que meu quase cliente indicara. Assim que abriram a garagem, entramos e, após estacionarmos, descemos do carro e ele colocou no rosto uma máscara estilo Zorro, que tinha dois buracos por onde seus olhos apareciam e, se cobria bem sua testa, deixava o nariz, a boca e o queixo bem à vista.

- Você ainda pode desistir, não estou lhe obrigando. – Observei, achava estranho vê-lo assim.

- Não, fui eu que propus esse momento e não voltarei atrás. Mas isso será nos meus termos, pode até ser que esse disfarce seja insuficiente, mas pelo menos ele me dá um pouco de segurança psicológica. Porque não quero correr o risco de que meu trabalho fique comprometido pelo que faço fora da delegacia. – Respondeu categórico.

- Eu sei. E Jorge, eu agradeço por você estar fazendo isso. Independentemente de como for, quero que você saiba que você representa muito para mim.

- É o que me consola. – E sorriu para mim pela primeira vez desde nossa conversa de ontem.

Chegamos no quarto indicado por Celso, e ao abrirmos a porta já nos deparamos com ele de roupão, sobre as cobertas, na cama forrada por lençóis brancos e cercada de espelhos. A peça estava entreaberta e o que ela mostrava foi suficiente para me deixar duro na mesma hora, o que provavelmente também ocorreu com Jorge: como mencionei antes, ele estava na faixa dos 40 e tinha o aspecto de quem se cuidava bem, com braços musculosos, barriga bem-definida, incluindo um ou outro tanquinho, peito bem-destacado com mamas redondas e cobertas com uma fina camada de pelos, cabelos negros e lisos, bem-cortados, com um cavanhaque curto da mesma cor que dava um ar viril e jovial àquele rosto bonito, com olhos castanhos e inquiridores que, dentro daquele conjunto, confirmavam sua ascendência italiana. Inicialmente não vimos o seu pênis, , mas ele se levantou para nos cumprimentar e pudemos vislumbrá-lo, percebendo que ele não tinha o que desejar nesse departamento. Em suma, passar a noite com ele não seria nada difícil.

- Obrigado por terem vindo, Gustavo, sei que você anda muito ocupado. Querem beber alguma coisa? – Perguntou com um sorriso, e depois apertou nossas mãos.

- Agradeço o convite, Celso, mas prefiro não tomarmos nada. Como digo sempre, prefiro me concentrar num prazer limpo, sem interferência de outras coisas. A propósito, você está ciente de que hoje usaremos camisinhas? – Disse, em atenção a Jorge e ao fato de que aquela seria sua primeira vez comigo.

- Estou sim. E o seu amigo, como se chama?

- Celso, por hoje pode me chamar de Zorro, prefiro não trocar nomes. – E de fato, com seu porte atlético, aquela máscara e até a roupa que usava (coincidência ou não, uma calça preta e uma camisa de manga longa também preta), ele poderia perfeitamente passar pela identidade alternativa do nobre de Los Angeles Dom Diego de la Veja.

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