Capítulo 10

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Horas mais tarde, quando acordei, o dia estava amanhecendo e minha primeira visão foi o rosto tranquilo do meu parceiro me contemplando. Ambos estávamos nus sem cobertas, e, sentindo-me feliz e disposto, acariciei seu rosto.

- Oi. – Disse com um sorriso.

- Oi. – Respondeu ele também sorrindo. – Você está bem?

- Maravilhosamente bem. Jorge, não sou nenhum menino inexperiente, e como fã do meu trabalho você certamente sabe disso. Mas o que tivemos ontem, nossa, foi incrível. Você foi quente e sabia como tocar cada parte do meu corpo. Eu realmente me senti acarinhado e pra lá de excitado ontem.

- Fico satisfeito com isso, Gustavo. Tenho de admitir que normalmente nunca se queixaram de mim na cama, só que você é outro patamar, não só por ser um crush antigo, um sonho que se tornou realidade, mas também porque sabe-se-lá quais os caras com quem você esteve, você teve e tem acesso às pessoas mais variadas. Tive medo de não corresponder às suas expectativas.

- Jorge, não acredito no que estou ouvindo. Um pedaço de mau caminho como você, com medo de decepcionar? Você não deve nada a ninguém, seja em beleza ou em técnica. E principalmente, você não é egoísta, nunca coloca seu prazer acima do prazer dos outros. Tem ideia do quanto isso é raro? – Sinceramente, não entendia como um cara lindo, sensual e fogoso como ele podia ter alguma insegurança, homens do tipo dele eram um em um milhão. Ouso até dizer que muitos gays sonham a vida inteira em encontrar alguém assim, sem conseguirem isso.

- É porque quando você morde um pouco mais do que é acostumado, tem medo de se engasgar ou passar mal. E você, Gustavo, é um banquete de primeira categoria. – Respondeu ele descendo o rosto em direção ao meu peito, para em seguida beijar os pelos e sugar um de meus mamilos, enquanto, com as mãos, acariciava o outro mamilo e provocava minha virilha. Logo comecei a me sentir quente, mas depois de uma noite deitado num tapete eu queria um local mais adequado para mostrar a ele quanto calor nós éramos capazes de produzir – de preferência, no quarto dele, que eu ainda não tinha visto. Assim, segurei seu rosto e levantei-o.

- Sim, mas esse banquete quer se colocar à disposição num cômodo mais adequado para podermos explorar mais um ao outro. Nesse caso, porque não tomamos um banho e aproveitamos o tempo para outros "apetites"?

- Seu desejo é uma ordem, meu senhor. – E após me dar um beijo rápido, Jorge levantou-se e me ajudou a ficar em pé.

Fomos para o quarto suíte dele, e de lá para o banheiro, sempre com ele na minha frente, o que me dava uma visão privilegiada de sua bunda musculosa e ligeiramente pálida. O local era decorado com azulejos brancos e acessórios em design moderno, e depois de ligar o chuveiro ele me conduziu até o box, direcionando a água para nossos corpos e, depois de ensaboar as mãos, começou a passá-las pelo meu corpo, com um toque relaxante. Encantado com aquela delicadeza, peguei o sabonete e comecei a fazer o mesmo, sentindo seu corpo sob meus dedos e inebriando-me com aqueles músculos firmes, enquanto o prazer que ele expressava ao sentir minhas mãos sobre sua pele excitava meus sentidos. Instintivamente, abracei-o e, ao sentir o atrito de nossas peles nuas e molhadas, beijei-o de forma ávida, agarrando sua língua com a minha.

Enquanto o abraço e o beijo se intensificavam, nossos pênis começaram a se erguer e tocar um no outro. Sentindo necessidade de intensificar um pouco as coisas, juntei-os na minha mão enquanto aprofundava o beijo, e ao ver a forma como ele encostava à parede quando se excitava, tive uma ideia e pedi-lhe:

- Vire e encoste seu rosto na parede.

- Para que essa agora, Gustavo? – Perguntou ele erguendo uma sobrancelha.

- Você vai ver. – Respondi sem adiantar o que pretendia.

Embora parecesse desconfiado, ele atendeu e ficou de costas para mim, com o rosto voltado para a parede e expondo aquele belo traseiro. Após ensaboar um dedo, inclinei-me e comecei a limpá-lo, enquanto o alargava, para depois retirar o sabonete com a água. Em seguida, mantive-o firme onde estava, abri bem seus glúteos e, com todo cuidado, ajoelhei-me e aproximei o rosto de sua abertura, começando a acariciá-la e lambê-la. A bunda dele era firme e redonda, coberta por uma pele levemente peluda mas bem cuidada, e inebriado com ela, percorri-a com a língua, os dentes e a barba, e ele reagia às carícias com estremecimentos e pequenos gemidos. Isso só me estimulou a aumentar as lambidas e alterná-las com mordiscadas, até ele implorar:

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