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Madelaine se viu livre de mais um dia cansativo de trabalho, ela gostava de ver como a editora crescia mais a cada dia, mas isso também era cansativo e exigia trabalho dobrado da ruiva. Apesar de não ter amigos no ambiente de trabalho, Madelaine se relacionava bem com suas duas únicas amigas fora dali, Camila e Lili foram as primeiras a apoiarem a ruiva assim que ela chegou em NY, o casal a ajudou em muitos momentos e estão ao seu lado até hoje.

— Harry fecha tudo e avise Vanessa para não estragar tudo no almoço com o meu futuro autor.

— Sim senhora.- Harry respondeu em um tom firme mas logo revirou os olhos arrancando uma risada baixa de Lauren.

— Víbora, eu não sei como a Van aguenta tanto tempo perto dessa mulher.- Lauren bufou terminando de arrumar sua bolsa.

— Eu ainda tenho esperança que essa mulher tem um coração.- Harry apagou algumas luzes começando a fechar a editora.

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Madelaine estacionou o carro em frente ao local onde tinha combinado de encontrar suas amigas, desceu ajeitando seu vestido e sua bolsa em um dos braços, logo pode avista-las em uma mesa afastada e se aproximou cumprimentando as mesmas, a música ecoava baixa o que deixava o ambiente muito confortável.

— Sua roupa está linda, mas a sua cara Mads, não está nadinha.- Camila disse sorrindo para a amiga com o seu humor invejável.

— Amor, não brinque antes de saber qual é o humor dela no momento.- Lili abriu um sorriso provocante o que fez Madelaine bufar.

— Já não basta os meus funcionários me odiarem, agora vocês com isso? Eu preciso de uma bebida.- Madelaine chamou atenção de um garçom e logo pediu algumas doses de tequila, ainda era segunda-feira o que não importava nada para a ruiva, já que seu dia tinha sido puxado e ela precisava daquilo.

Suas amigas a acompanharam já que também trabalhavam para sí, e não precisariam acordar cedo no outro dia.

— Você precisa tratar melhor eles Mads, não precisa ser com eles como seu pai era com você.- Lili colocou a mão sobre a da amiga afim de reconforta-la.

— Foi através desse jeito dele que eu me tornei quem sou hoje, construi uma editora de respeito, e eles já me chamam de víbora, não tem como piorar.- Madelaine acabou sorrindo e consequentemente suas amigas também, ela parecia outra pessoa fora da editora, achava que se fosse firme com seu pessoal, eles dariam o melhor de si e cresceriam assim como ela.

Antes de se mudar para Nova York, Madelaine trabalhava para seu pai em uma editora pequena do Canadá, mas ele insistia em controlar a sua vida, o que a fez ir embora e começar um império do zero. Lili e Camila sabiam de exatamente tudo da vida da ruiva, elas se conheceram em um bar quando Madelaine ainda não era nada, acompanharam todo seu processo de evolução e crescimento, sendo assim a ruiva não confiava em mais ninguém a não ser nas duas.

— Acho que esse mal humor é falta de sexo.- Camila disse um pouco alterada pelo fato de já terem bebido quase uma garrafa de tequila.

— Olha nós, somos sempre felizes porque transamos muito.- Lili beijou o canto da boca da esposa enquanto Madelaine revirava os olhos.

— Vocês são casadas, não podem comparar a minha vida sexual com a de vocês, e fiquem sabendo que eu transo com quem eu quiser, quando eu quiser.- A ruiva disse aquilo em um tom mais alto tentando convencer até a si mesma da mentira que contava, a verdade é que depois do fim do seu último relacionamento fracassado, ela não pensava mais em se relacionar tão cedo.

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Madelaine estava jogada em sua cama enorme se recusando a atender seu celular que tocava sem parar, ela podia jurar que ainda estava cedo por mais que estivesse confusa por conta da ressaca, à noite com as amigas tinha sido ótima o que a fez esquecer completamente do trabalho.

A ruiva pegou o celular depois de muito tempo relutando, vendo o nome de sua assistente na tela e logo atendeu bufando.

— Vanessa eu espero que você tenho um ótimo motivo para estar me ligando de madrugada quando eu te disse que não iria ao trabalho.- Madelaine disse um tanto quando rude pelo mal humor.

Vanessa bufou do outro lado da ligação mas com certa distância para que Madelaine não pudesse ouvir, os pensamentos de como matar sua chefe eram constantes na mente da morena.

— Já são onze da manhã senhorita Grobbelaar, e aquele homem, George está aqui com um oficial de justiça e disse que não sairá até você chegar.- Vanessa disse rápido tentando não incomodar mais a sua chefe.

— Eu vou acabar logo com isso, diga a esse audacioso que espere na minha sala.- A ruiva terminou a ligação antes mesmo de Vanessa responder, tratou logo de ir tomar um banho para afastar a ressaca que pairava em seu corpo.

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Madelaine entrou na editora batendo seus saltos e com o humor pior do que todos os outros dias, ela detestava ser acordada e aquele homem já tinha tirado todo o resto da sua paciência, a ruiva passou por todos como uma bala e entrou em sua sala vendo os dois homens e Vanessa, se sentou atrás da grande mesa de vidro encarando os mesmos.

— Bom se me dão licença eu vou indo.- Vanessa saiu da sala o mais rápido que pode, ela estava nervosa por ter que almoçar com um autor importante, e aguentar o mal humor de Madelaine não iria ajudá-la.

— Estou aqui senhor George, pode começar.- Madelaine forçou um sorriso entrelaçando as mãos sobre a mesa.

— Pude ver que o tempo da senhorita é valioso então vamos direto ao ponto, eu sou agente de imigração dos Estados Unidos, e fui informado que o seu visto de trabalho foi violado, então como a senhorita não tem um conjugue ou parentescos, devo lhe informar que você tem um mês para voltar ao Canadá ou será deportada.- Madelaine nesse momento estava boquiaberta com aquele tanto de informação, como assim isso era possível? Como ela não prestou atenção nisso antes?

— Isso não é possível, deve ter algo errado.- A ruiva desfez sua expressão de raiva dando lugar a confusão.

— Eu mesmo a ajudarei com a sua volta para o Canadá, nos vemos daqui a uma semana senhorita Grobbelaar.- O homem se levantou sendo seguido pelo outro, logo saíram da sala o que fez Madelaine aumentar o seu desespero.

Sua cabeça estava uma confusão, ela perderia tudo o que construiu? Por mais que fosse puxado e muito cansativo, ela amava demais o seu trabalho, mas não teria como se casar, nem uma pessoa fixa ela tinha.

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