Após sair transtornado de minha sala, Haraldsson partiu em seu cavalo, deixando-me com uma sensação de indignação e determinação. Ele não havia cometido nenhum crime descrito nas leis, exceto pelos roubos, mas se eu mandasse prendê-lo, seus seguidores viriam atrás de mim e invadiriam o castelo para resgatá-lo. O único jeito era provocar uma guerra.
Planejei uma emboscada para alguns de seus homens, um ataque pela manhã em seu acampamento a oeste do reino. Com um bilhete escrito a mão marcando a hora e lugar a oeste, mas eu sabia que Haraldsson chegaria pelo norte, por ser mais próximo ao castelo. Estaríamos desprevenidos se isso acontecesse. Decidi então deslocar um exército de homens a 200km para fazer vigília na área. E quanto aos homens de Haraldsson, o recado seria dado.
Chamei Mikel e ordenei que preparasse os soldados para a batalha. Ele concordou com um aceno de cabeça e saiu rapidamente para cumprir minhas ordens.
Enquanto me preparava para a batalha, me pego pensando em meu pai. Havia lutado ao lado de meu pai em outras guerras e tenho cicatrizes como lembranças, assim como a lembrança de meu pai, morto em guerra 2 meses antes de minha coroação.
Nós lutamos contra um pequeno exército sueco por expansão de terras e certamente ganhamos, mas infelizmente perdi meu pai. Essa perda é irreversível. Não consideramos vitória naquele dia, pois perdemos um grande rei.
Minha mãe, desolada e de luto há meses, mal comia e saía do quarto depois de perder o amor de sua vida. O único dia que a vi sair do quarto foi no dia de minha coroação, deslumbrante, linda e cheia de vida como ela costumava ser, mas após minha coroação, ela havia lembrado de meu pai novamente e voltou a se isolar. A pequena felicidade de ver seu filho se tornar rei não foi o suficiente para alegrá-la.
– Meu senhor? - Ouço a voz de Mikel através da porta de meu quarto entreaberta, fazendo com que eu volte para o presente.
– Sim, Mikel?
– Os soldados estão prontos, meu senhor. Estão aguardando suas ordens.
– E meu cavalo?
– Também, meu senhor. Está selado e pronto para partir.
– Perfeito. Vamos.
Saí do quarto e desci para o pátio do castelo, onde os soldados estavam reunidos. Eles me olharam com determinação e respeito, prontos para seguir minhas ordens.
– Cavalheiros! - Disse eu, montando em meu cavalo. - Hoje vamos defender nosso reino contra os vikings. Vamos mostrar-lhes que não seremos intimidados.
Os soldados gritaram em apoio, e nós partimos em direção ao acampamento de Haraldsson, prontos para a batalha.
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O Pecado da Luxúria - Ashmadia
HorrorO conteúdo deste livro pode ser sensível. +18 Em um mundo onde a escuridão e o medo reinam supremos, prepare-se para entrar em um reino de terror e sobrenatural. Foi nos países nórdicos, com suas sombrias florestas, que os poderes sobrenaturais cons...