Capítulo II - O Ultimato

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Há pelo menos dois meses, eu sonhava em construir um belo reino, mas agora me sentia perdido. Os Vikings haviam chegado à Noruega, trazendo caos e destruição. Eu havia usado parte do nosso dinheiro para reparar os danos, mas a situação parecia um inferno.

– O que acha que deveríamos fazer, Mikel? - Perguntei ao meu conselheiro.

– Meu senhor, creio que não há muito a se fazer. - Respondeu Mikel, com uma expressão sombria.

– Ora, Mikel! Você é o conselheiro, deveria me aconselhar. - Insisti.

– Mas senhor, o senhor sabe qual é a única coisa que pode os mandar embora, mas creio que no momento não está disposto a aceitar. - Disse Mikel, se referindo a Haraldsson, líder dos Vikings.

Haraldsson havia enriquecido extorquindo dinheiro dos outros países escandinavos. Eu não queria começar uma guerra, mas a situação estava se tornando insustentável.

– Perdão, meu senhor, desculpe interromper... - Disse uma criada, entrando apressada em minha sala. - Há alguém que quer ver o senhor.

– Quem? - Perguntei.

– O líder dos Vikings, senhor. Haraldsson. Ele está aqui e quer vê-lo. - Respondeu a criada.

A expressão de Mikel mudou completamente, estava apavorado. Eu estava furioso pela ousadia de Haraldsson.

– Mande-o entrar, agora! - Ordenei.

Haraldsson entrou pela porta grande de minha sala, com uma expressão de felicidade.

– Hei, Nicollas. - Disse ele, quase sorrindo.

– Hei. O que quer aqui? Sabe que não é bem-vindo. - Respondi, irritado.

– Ei, ei, ei. Se acalme, pequeno Nicollas, só gostaria de conversar. - Disse Haraldsson, rindo.

– Então diga logo o que quer. - Exigi, enfurecido.

– Creio que seu povo não está feliz com a onda de arrastões que fizemos, estou certo? E bem, se quiser que a onda de arrastões pare, me dê o que eu quero. 10 mil coroas norueguesas. - Disse Haraldsson, com uma expressão calculista.

– Você enlouqueceu? Não estou disposto a pagar para que vá embora. - Respondi, indignado.

– Ora, ora... Não está disposto a pagar pela liberdade do seu povo? - Perguntou Haraldsson, com uma expressão furiosa.

– Meu povo é livre! E sempre será. Não será você que irá tirar a liberdade dos meus. - Declarei, revoltado.

– Certo... - Disse Haraldsson, com uma pausa ameaçadora. - Quero que saia de minhas terras, imediatamente.

– Só lhe digo uma coisa... - Disse Haraldsson, olhando profundamente em meus olhos. - Continuarei em suas terras a roubar tudo que vir pela frente, e massacrar quem cruzar meu caminho.

A ameaça pairou no ar, deixando-me com uma escolha difícil a fazer.

O Pecado da Luxúria - AshmadiaOnde histórias criam vida. Descubra agora