Prólogo

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Fujo pelas ruas da cidade, mas a neblina cobre meu caminho. Chego assustado nos portões de entrada da cidade e já não sei mais aonde estão os cavalos nem os guardas que costumavam fazer vigília na entrada.

O que foi aquilo? - Me pergunto enquanto corro desesperadamente. -
Segundos. Durante breves segundos eu consegui vê-lo atrás das chamas altas que o cercavam, que na verdade, cercavam todos aqueles ao redor daquele estranho ritual que eu desconhecia, até então. Era fascinante. Eu precisava daquilo. Era a solução de todos meu problemas.

Pensamentos abismados passam pela minha cabeça enquanto corro, e sem ver por onde estou passando, ouço vozes me chamando remotamente. Quando finalmente paro de correr e debruço as mãos sobre os joelhos e dou um longo e profundo suspiro, reconheço um guarda do reino me segundando abruptamente pelos braços dizendo:

- Rei Nicollas? O senhor está bem? O que aconteceu? - Ouço a voz desesperada do guarda.

Mal conseguia respirar, muito menos falar. A única coisa que eu conseguia pensar era naquela figura com asas e três cabeças cujo nome eu queria descobrir.

Paralisado, vejo mais guardas correndo até mim, formando um circulo ao meu redor, como qual eu havia visto mais cedo na floresta, e então, em segundos me vejo ali de novo. Contemplando aquele ritual. Aquela criatura. E é tudo muito real, e em breves segundos vejo minha visão turva e preta. Já não me lembro mais de nada.

O Pecado da Luxúria - AshmadiaOnde histórias criam vida. Descubra agora