Hyuna Kagami sempre esteve satisfeita com suas habilidades próprias, sejam elas de individualidade ou físicas. Se sentia bem, se sentia no nível de seus colegas de classe. Mas assim que entra para fazer o teste da U.A. e vê que fica em primeiro luga...
• esse capítulo vai ser em terceira pessoa, mas vai ser mais focado no katsuki (ao início, pelo menos).
• me perguntaram as aparências dos irmãos kagami, então aqui estão:
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Katsuki estava exausto. Mal dormiu a noite inteira, pois no dia anterior não pôde ignorar os berros de seu padrasto e sua mãe.
- Você não vai sair! Só vai pra escola, e mais nenhum lugar! Ou você sabe o que vai acontecer com você e sua mãe! - Foi o que ele dissera para ele.
Assim sendo, cancelou seu único momento em paz fora de casa.
No final, se viu trancado no quarto por 90% dos seus dias. Apenas saía agora pegar comida e voltar ao quarto.
E naquela manhã, na cozinha, tentava pôr seus pensamentos em ordem. Não queria estressar ninguém com seus problemas - por mais que ele já fosse um estresse pra todos ali.
Quando Kagami entrou na cozinha, sentiu seu coração falhar uma batida.
O cabelo estava solto contra as costas, os olhos verdes que ainda estavam com sono mantinham-se sempre com um brilho.
Um brilho que Bakugou, no fundo, admirava.
O brilho nos olhos. Era o que ele queria voltar a ter.
Após finalmente refletir e aceitar o convite de treino de sua colega de classe, subiu apressadamente para o quarto.
Ele estava louco? Ele não podia se aproximar de ninguém. Quanto mais o fizesse, mais seria perigoso. Ele tinha... medo.
Medo do que seu padrasto era capaz.
Mas ele não iria admitir isso.
Enquanto ele descia pelo elevador do dormitório, respirou fundo e deixou esses pensamentos de lado.
- Hyuna... - Disse ao vê-la pronta na sala. - Você vai assim? - Franziu as sobrancelhas, sentindo as bochechas ficarem vermelhas. Por que de repente estava com vergonha das roupas dela?
Ela estava vestida com apenas um short e um top pretos. Provavelmente era para facilitar no uso de individualidade, mas ele ainda sentia o rosto ficar rubro.
- Ah? Vou. Porque? - Ela ficou confusa, mas o loiro apenas desviou o olhar e saiu andando com as mãos nos bolsos da bermuda.
- Vamos logo.
• • •
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- Ei. Preste atenção na aula. - Ako murmurou, cutucando a bochecha de Kagami.
- Estou prestando... - Ela suspirou.
- Não parece.
Hyuna suspirou novamente, ignorando o que a amiga disse.
Estava frustrada, por que o treino foi realmente só um treino, e não descobriu nada sobre Bakugou.
Ela desenhou alguns esboços no caderno para tentar focar, mas simplesmente não conseguia.
Enfim ergueu os olhos, olhando um pouco para trás, e percebeu o loiro a encarando.
Nesse momento, ambos sentiram o coração falhar.
Ele já estava a olhando?
Hyuna olhou para frente de súbito, sentindo as bochechas corarem. O que acabou de acontecer??
- Ele tava te olhando faz tempo. - Amano falou baixo de novo, segurando o riso, sorrindo maliciosamente.
- Ah não... Não sei do que tá falando, Ako. - Ela desviou o olhar, encabulada.
- Nah, que isso. Admite que você sente algo a mais por ele.
- Talvez...
- Talvez?
- Talvez.
• • •
Finalmente chegou o famoso fim de semana, em que os alunos poderiam escolher entre voltar para casa ou ficar no colégio.
Ako e Hyuna ficaram, mas observaram que um dos que foram para casa era Bakugou.
Elas decidiram ignorar isso - mesmo que achassem que ele ficaria por mais treino - e foram sair no sábado.
- Shopping seria uma boa, não? - Amano sorriu, sugerindo essa ideia.
- Se meu cartão aguentar, sim. - Elas riram. - Apenas vamos nos divertir, garota! Aproveitar que ainda temos tempo antes das próximas provas.
- Sim!
Elas ficaram rondando o shopping. Hyuna comprou alguns livros e jogos para quando voltasse para casa, desse para Yuri de presente para jogarem juntos.
Já Amano, decidiu comprar algumas roupas para si, e então fazer com que a morena do seu lado provasse algumas também.
No final, andaram juntas pela cidade, mas não notaram um movimento estranho de um caminhão.
- Cuidado! - Gritou Kagami, empurrando Ako para a calçada e jogando as sacolas para outro lado.
Não deu tempo de ativar a individualidade.
Kagami sentiu alguém segurá-la e puxá-la para outro lugar, mais precisamente para cima.
