capítulo 21 • arco 1

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Mesmo num shopping com Bakugou e Mitsuki, Kagami ainda não conseguia tirar o repentino beijo do loiro que ocorreu logo quando acordou.

Foi uma enorme surpresa - agora ela podia pensar de forma segura que ele poderia gostar dela.

Mas e Hyuna? Ela se sentia assim em relação a ele?

Se fosse qualquer pessoa, diria que de fato sim, ambos tem um sentimento forte e recíproco. Isso de fato a assustava, de inimigos na escola foram para esse ponto.

Mas nem pôde pensar tanto, por que de repente o teto do shopping se abriu, queimando em labaredas azuis.

Liga dos vilões ali? Assim, de repente?

Não era possível. Como saberiam que dois alunos da U.A. estariam lá?

Hyuna não pensou muito. Pegou na mão de Mitsuki e se virou para ela.

- Eu vou segurá-los por um momento. Katsuki, chame algum herói em ronda por perto e leve sua mãe!

- O que?! Nem ferrando! - gritou por cima dos berros dos civis, que corriam pra longe dos vilões.

- Katsuki! Você tem que entender que é uma situação séria! Não pode deixar seu orgulho na frente! - reclamou a morena, soltando o braço da mãe de Bakugou.

- Katsuki, vamos procurar ajuda - ela olhou para o seu filho de forma séria, e ele bufou em resposta, a puxando com ele em uma corrida.

Kagami estava em desvantagem clara. Era apenas ela contra Shigaraki e a liga.

Como ainda não a perceberam, Hyuna apontou suas mãos na tentativa de empurrá-los com sua individualidade.

HYUNA KAGAMI

Sentindo que alguém relutava contra seu ataque ao shopping, o de cabelos azuis se virou, olhando diretamente nos meus olhos.

Prendi o fôlego. Kurogiri fez um portal para Tomura, que o atravessou, aparecendo atrás de mim.

Ele segurou em meu pescoço, deixando um dedo para cima, afim de não me desintegrar - ao menos por enquanto.

- Você é uma das alunas da U.A., não é? - ele parecia sorrir. - Hyuna Kagami. Que sorte encontrá-la aqui, não?

- Me solte - murmuro, e ele pareceu ouvir, porque seus dedos gelados se apertaram mais contra a pele do meu pescoço.

Eu até tentei falar algo de novo, mas saiu algo parecido como "ovo der madar" (eu vou te matar), então desisti da ideia.

- Você vem conosco. Seu talento deve valer em conta - ele sussurrou, no meio daquela gritaria toda.

- VALA MAIS ALDO - (FALA MAIS ALTO*) berrei com as palavras embolando pela falta de ar.

- Tch. Kurogiri - um porta se abriu em minha frente e ele me jogou contra ele, mas antes que isso acontecesse fechei os olhos com força.

Era agora, ou nunca.

Minha individualidade percorreu meu corpo numa adrenalina que nunca tive na vida. Eu não me deixaria vencer assim tão fácil.

Eu usei a habilidade de "empurrar" em todo o meu corpo, projetando tudo que estava 'solto' para longe de mim, isso inclui: Shigaraki, Kurogiri, e mais umas centenas de objetos e coisas do shopping. Por sorte, não haviam pessoas civis ali para empurrar longe.

Sentindo a força se esvair, desmaiei ali mesmo, sem saber o que aconteceu com o restante da liga e seu ataque.


Sentindo a força se esvair, desmaiei ali mesmo, sem saber o que aconteceu com o restante da liga e seu ataque

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Senti um toque em meu dedo mindinho. Respirei fundo, e sentindo a facilidade, percebo que ao menos não estava sendo enforcada por Tomura de novo.

Abro os olhos, piscando umas duas ou três vezes. Vejo uma luz forte no teto, e desvio o olhar para o lado no automático.

O quarto era todo branco, estava bem iluminado. Estava num hospital.

Olhando um pouco mais para o meu lado esquerdo, estava Bakugou, entrelaçando seu dedo no meu mindinho. Corei um pouco ao ver a cena, tinha adormecido com a cabeça na beirada da cama, e o restante do corpo sentado no chão.

Com a mão direita, fiz um breve carinho no seu cabelo.

- Hmm - ele soltou alguns resmungos, e ao abrir os olhos, eles se encontraram diretamente com os meus. - Ah! Hyu...! - Katsuki se levantou, me fazendo olhá-lo de baixo. - Hyuna, você 'tá com dor?! Que diabos você fez quando eu tava fora? - acho que ele não sabia bem que pergunta escolher para fazer primeiro.

Eu sorri, sentindo o coração se acalmar.

- Eu tô bem - balbuciei, e tirei minha mão de seu cabelo. - Eu só tentei fazer um truque que Aizawa tentou me ensinar, e pelo jeito deu certo... O que houve com a liga?

- Eles fugiram. Teve alguns pacientes a mais agora no hospital, mas a grande maioria de civis está bem - ele puxou uma cadeira e se sentou, só então percebeu sua mão segurando meu dedo e ficou vermelho, soltando-a e pondo em seu bolso.

- Ah sim. Que bom que eu consegui ajudar - me sentei devagar, já acostumada em fazer isso. Eu ia muito na enfermaria depois de treinos, mas ninguém superava Deku.

- É... - ele passou a mão na nuca. - Você deve receber alta amanhã. A descarga de energia que você causou no seu corpo foi pesada - resmungou.

- Pois é. Eu nunca tinha feito isso, não tô acostumada - senti umas partes do corpo doloridas, mas deixei isso pra lá. - Ainda é domingo, né?

- O que? Claro. Só que...

- "Só que" o que?

- São 1 da manhã. Vai ser ruim de acordar pro colégio amanhã.

Fiquei assustada. Dormi tanto assim? Meu corpo deveria mesmo estar cansado pela energia que soltei.

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