capítulo 2 • arco 2

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Eles nos chamaram para o almoço. Não pude deixar de pensar em cada palavra que Bakugou me diz, e cada gesto que faz. Está cada vez mais confuso isso em meu peito.

Shoto fica mais perto de mim, sentado na mesa da casa de madeira e grande de Eijiro.

Enquanto os pais do ruivo faziam a comida, nós conversávamos alegremente sobre a mesa.

Depois de comermos, todos foram para a praia. No final, restou apenas eu, a "loira de farmácia" e Shoto lá — mas ele ficou do lado de dentro. Já tínhamos nos vestido, pelo visto nenhum de nós dois era chegado em ficar o dia todo na praia.

Temeroso, ele se aproximou de mim na varanda, me convidando a sentar com ele.

Deixo as mãos de cada lado do corpo.

— Faz tempo que não vou em praias — disse aleatoriamente, para puxar algum assunto. Assim como Shoto, era levemente difícil puxar assunto com Katsuki.

— É — não o via, vento bateu e meu cabelo foi um pouco agora a frente e eu via os fios balançando nas laterais de minha cabeça pelo canto do olho.

— É — não o via, vento bateu e meu cabelo foi um pouco agora a frente e eu via os fios balançando nas laterais de minha cabeça pelo canto do olho

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Então sinto um toque em meu dedo mindinho. Olho para minha mão direita, corando, observando que o loiro segurou no meu dedo com uma clara vergonha.

Engoli em seco e voltei meu olhar para frente, timidamente segurando a mão do garoto ao meu lado.

Sua mão era quente, e por aparentemente estar nervoso, uma faísca se soltou, queimando um pouco da pele da minha mão. Mas nada sério.

— A-ah — ele percebeu, e tirando a sua mão da minha, olhou para outro lado. — Foi mal — ele parecia frustrado com esse ocorrido.

— Não tem problema, Katsuki — seguro de novo em sua mão, tomando coragem. — Nã-não precisa se preocupar com isso... Se esse é o problema — gaguejei.

Ele segurou minha mão novamente.

— Não gosto de machucar os outros.

— Mas você vive ameaçando todo mundo de morte!

— Com "outros" eu quis dizer "você" — resmungou, e eu enfim o olho. Ele estava com as bochechas vermelhas, e eu também deveria estar.

Soltamos nossas mãos rapidamente ao perceber passos, e o bicolor passou pela porta da varanda nos vendo ali.

— Ah, oi, Todoroki-kun — sorri.

— Oi, Kagami.

Ele fez um gesto de cabeça como se me cumprimentasse, e sorriu muito minimamente para mim. E então ele saiu da varanda, com as mãos nos bolsos e seguindo caminho para a praia.

Bakugou soltou um resmungo. Ele parecia querer dizer algo, mas não disse.

— O que foi...? — perguntei, curiosa, franzindo as sobrancelhas.

— O que foi? O que foi é que esse babaca fala contigo e não me dá um oi — reclamou.

— Eu sei que não é isso — ri baixo se sua irritação.

— Caramba! — frustrado, passou a mão pelo seu cabelo bagunçado. — Tá, mas que diabos de relação você tem com o meio-a-meio desgraçado?!

Tudo que eu consegui fazer foi rir. Eu literalmente ri alto, depois de ouvir isso.

— Você... — eu ri mais um pouco, e enfim em recuperei. — Você tá com ciúmes do Todoroki-kun?

— Ciúmes nada!

— Tá sim.

— ME RESPONDE LOGO!

— Okay, okay — sorri — Eu e Todoroki-kun fazemos estágio juntos, e depois dos estágios nós vamos jantar juntos. Nisso, acabou que viramos amigos — dei de ombros. — Bem, eu acho — fiz cara de tacho.

— Hm — ele apoiou o rosto na mão, emburrado ainda.

— Ah, não fique assim — eu ri baixo. Por mais que meu coração estivesse acelerado por descobrir que ele realmente sentia algo diferente por mim, eu achava graça dele daquele jeito.

— Tanto faz.


Depois de alguns minutos de silêncio, ele puxou um assunto que me deixou confusa e encabulada.

— Você sabe o que casais fazem?

Ele parecia realmente não saber pelo tom de voz. Mas sua expressão era um mistério para mim.

— Ahn, eles se abraçam, andam de mãos dadas e... se beijam? — franzi o cenho, confusa, ainda pensando. — Acho que é isso?

— Ah.

Ele me olhou, e eu o olhei de volta. Mais um silêncio. Eu estivava com muita vergonha de ter seu olhar profundo direcionado a mim.

Enfim, percebo seu rosto ficar vermelho.

— Vou fazer isso de novo então — ele disse, e eu inclinei a cabeça confusa.

— O que?

Bakugou avançou, apertando seus lábios contra os meus. Diferente do primeiro beijo que tivemos – que ele também foi o que deu o primeiro passo – foi mais intenso do que suave. Ele literalmente pressionou sua boca na minha, e eu me deixei fechar os olhos junto com ele.

 Ele literalmente pressionou sua boca na minha, e eu me deixei fechar os olhos junto com ele

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Ele se separou devagar, observando meu rosto corado. Foi uma sensação tão boa, mas ao mesmo tempo me deixava sem jeito.

Aquele sentimento de um tempo atrás de querer ser melhor que ele foi substituído pelo irônico sentimento oposto a esse: amor.

Eu estava apaixonada por Katsuki Bakugou.

Eu estava apaixonada por Katsuki Bakugou

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