Hyuna Kagami sempre esteve satisfeita com suas habilidades próprias, sejam elas de individualidade ou físicas. Se sentia bem, se sentia no nível de seus colegas de classe. Mas assim que entra para fazer o teste da U.A. e vê que fica em primeiro luga...
autor: capítulo focado em flashback, então será curto.
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A casa se fazia barulhenta. A manhã mal começou, e Bakugou já podia ouvir seu padrasto gritar.
- MAS QUE PORCARIA! VOCÊ NÃO FAZ NADA NESSA CASA, E O GAROTO FICA TRANCADO NO QUARTO COM MEDINHO. NEM PRA SER UM HOMEM!
O loiro bufou, irritado. Abriu a porta do quarto com raiva, indo na sala de estar.
Mal tinha entrado e já sentia cheiro de álcool. Sua mãe tinha uma expressão vazia. Era sempre assim.
- CALE A BOCA! - Ele berrou, assustando sua mãe e ao mesmo tempo surpreendendo seu padrasto. - VOCÊ NÃO SABE DE NADA! VOCÊ NUNCA ESTEVE AQUI PRA SABER!
- Olhe aqui garoto... - Segurando na gola da camisa de Katsuki, encarou-o nos olhos.
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- Acho bom ficar quieto. Você sabe que não tem potencial nem pra me vencer em questão de individualidade. - Ele começou a falar mais baixo, o tom que sempre usava para ameaçar o menor.
- Eu...
- O que eu ACABEI de dizer, Katsuki?!
Ele se manteve em silêncio, sentindo o homem largar sua blusa.
Ajeitou-a de forma discreta, nervoso. Não queria que a mãe passasse por isso.
- Tch. Não sei como aguento vocês dois. Dois inúteis.
Inútil.
A primeira palavra que aprendeu ouvindo as brigas deles. Tanto que a usou contra Midoriya, mais tarde.
- Fale para aquela sua amiguinha idiota que você não vai sair pelos próximos dias. Você não vai sair daqui, não até o colégio voltar!
- ... Tá. - Ele hesitou, mas desviou o olhar pegando o celular.
Ao mais tardar da noite, o homem chegou de madrugada.
Bakugou sabia o que poderia acontecer, e quando percebeu, já estava na sala de casa discutindo com ele.
- Você NÃO VAI mexer com a minha mãe! SEU ALCOÓLICO DOENTIO! - Gritou, exausto daquelas brigas sem sentido.
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- CALE-SE!
Ele segurou-o pelo pescoço, apertando com força, o que deixou o garoto rapidamente sem ar. O jogou contra o chão.
Katsuki não tinha coragem de usar sua individualidade contra ele. Tinha medo de ser calado mais uma vez, como foram das últimas vezes.
Até quando seria assim?
Sentiu os chutes que ele lhe dera. Ele não queria revidar. Já estava cansado daquilo.
Quando viu, ele já havia subido para o quarto, deixando Katsuki ali no chão, com o corpo dormente.
Mitsuki veio correndo em sua direção, tentando cuidar de suas feridas.
Mas logo cedo na outra manhã, ele retirou os curativos. Não queria se passar de fraco no colégio. Não lá, o único lugar que se sentia superior, não o único lugar em que podia descontar sua raiva do padrasto.
