PRÓLOGO

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𝑵𝒂𝒓𝒓𝒂𝒕𝒐𝒓'𝒔 𝒑𝒐𝒊𝒏𝒕 𝒐𝒇 𝒗𝒊𝒆𝒘

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𝑵𝒂𝒓𝒓𝒂𝒕𝒐𝒓'𝒔 𝒑𝒐𝒊𝒏𝒕 𝒐𝒇 𝒗𝒊𝒆𝒘

Era mais um amanhecer frio em Arden Hills, o outono trazia um clima triste e frio a pequenas cidade do Minnesota, o inverno chegaria em breve e com ele a neve cairia e os moradores só voltariam a ver o chão, no final do inverno.

Mas essa história não tem nada a ver com as condições climáticas de Arden Hills. Na pequena cidade com cerca de 10 mil habitantes, todos conheciam os Evans, uma família muito rica formada por gerações de advogados muito bem sucedidos.

Naquela manhã na mansão Evans os ânimos estavam a flor da pele, o filho mais velho, Christopher, estava decidido que não queria ficar preso naquela cidade sufocante do Minnesota onde todos o conheciam e duvidavam da sua eficiência. Ele queria ir para Nova Iorque fazer mestrado na NYU, queria abrir seu próprio escritório onde pegaria casos de pessoas que não tinham condições de pagar bons advogados.

Para qualquer outra família aquilo seria um sonho, mas para os ambiciosos Evans, era um ultraje, o filho deveria se interessar por direito administrativo como todos os outros membros de sua família.

— Pobre Amy, — Christopher gritava a pleno pulmões — Que terá que ficar presa nessa casa com vocês, se eu pudesse a levaria para Nova Iorque comigo, mas infelizmente ela é uma criança ainda precisa de seus cuidados e dos de Margot.

Amy tinha onze anos e gritaria lhe assustava. A menina estava trancada em seu quarto chorando, ela não queria ser deixada para trás, queria poder ir com Chris e não ficar com Robert e Margot sua mãe e madrasta de Chris. A menina tinha plena certeza que a única pessoa que a amava verdadeiramente naquela casa era o irmão mais velho, que para ela era o seu verdadeiro pai, e ele estava indo embora.

— Dobre sua língua Christopher, eu ainda sou seu pai. — Robert ia andando atrás do filho, tentava fazê-lo mudar de idéia, mas nada mudaria a decisão do mais novo. Christopher tinha suas convicções que nada tinham a ver com as de seu pai. — Se entrar nesse carro antes dessa conversa acabar terá que se virar para pagar sua faculdade, não verá mais um centavo meu.

— Eu sou formado em direito e posso me virar sozinho Robert. Não é como se eu ainda usasse da sua fortuna suja.

Christopher entrou no jeep laranja e seguiu para a hípica, ele precisava clarear seus pensamentos e andar a cavalo era a melhor forma. No caminho o loiro pensava na possibilidade de entrar na justiça para ganhar a tutela de sua irmã. Amy já tinha idade para escolher com quem queria ficar, mas sabia bem que mesmo Robert não sendo um pai amoroso e que se importava com a menina, ele lutaria com unhas e dentes só pra não ver os filhos felizes. E ainda tinha Margot, que a via como sua maior fonte de renda caso Robert se cansasse dela.

Chegando a hípica o loiro seguiu diretamente para os estábulos, um dos tratadores estava cuidando de Cometa, um sangue puro enorme que Christopher tratava como um filho. Certamente poderia se dizer que ele amava mais aquele cavalo do que seu próprio pai.

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