𝟏𝟑 - POLAROIDS.

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𝓒𝓱𝓻𝓲𝓼 𝓔𝓿𝓪𝓷𝓼

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𝓒𝓱𝓻𝓲𝓼 𝓔𝓿𝓪𝓷𝓼

Observei Selena através da lente da câmera. Sentada no recamier observando o lago, usando nada além de uma calcinha e um dos meus moletons. Dodger está deitado em seu colo e ela está  visivelmente irritada, nós tivemos uma pequena discussão e como um bom traíra meu cachorro ficou ao lado dela, mas também quem não ficaria, eu estou sendo um idiota ciumento. 

No último mês, tivemos pequenas discussões sobre ela dividir o apartamento com Hyeon. Eu sei que eu estou errado, mas veja bem, Selena é linda, tem as pernas mais bonitas que eu já vi — Apesar da tatuagem gigante da coxa —, lindos seios e uma bunda gostosa, só de imaginar que ele pode vê-la assim, igual eu a vejo através da câmera nesse momento, eu fico com ciúmes. Eu preferia que ela tentasse achar alguma coisa só dela, que ela tivesse privacidade, para poder andar só calcinha e um moletom meu, do jeito que ela gosta, mas entendo a urgência que ela tem de sair da casa dos pais e nunca pediria para ela ficar perto avô, depois de tudo que me contou. O que me resta é aceitar e parar de implicar com o fisioterapeuta. 

Bati a foto de Selena que assustou-se com o barulho da câmera. O sorriso mínimo em seu rosto me mostrou que ela ainda estava chateada comigo. Peguei a polaroid e esperei a foto aparecer, ainda olhando para ela. 

— Ficou boa? — Perguntou sem olhar pra mim. 

— ficou, assim como todas. 

Empurrei a cadeira até onde ela estava sentada e passei a mão em seus cabelos. Ela sempre aceita o carinho, sempre receptiva, esse mês que estamos juntos tem sido tão bom que eu não conseguiria descrever. Junto com a Selena eu consigo enfrentar minhas limitações, ela gosta de me tirar de casa para ir ao cinema, jantar fora e até mesmo ir para a fisioterapia ficou mais fácil. No entanto eu não devo dar os créditos somente a ela, desde que comecei a frequentar um psicólogo o peso de estar nessa cadeira tem ficado mais leve de carregar, eu ainda tenho uma grande caminhada  pela frente, mas sinto que estou no caminho certo. 

— Me desculpa? — Peço com sinceridade. — Eu sei que você está com dificuldade de achar um lugar que te agrade e eu sei que estou sendo um idiota ciumento. 

— Vai ser por pouco tempo cariño. — Ela fala baixinho colocando a mão na minha. — Só não dá para ficar mais na casa dos meus pais, com Júlio lá cada dia fica mais difícil. 

— Eu sei pumpkin. — beijo seus lábios devagar. — Eu vou te ajudar com a mudança, tá bom? 

Ela afirma com a cabeça e sorri pra mim, agora um sorriso completo que ilumina seu rosto por inteiro. 

— Se eu não me arrumar agora eu vou me atrasar — Murmurou com os lábios colados nos meus —  Mas a melhor parte de brigar é fazer as pazes. 

— A gente pode fazer as pazes mais tarde, porque em alguns minutos Amy vai abrir essa porta. 

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