𝟏𝟎 - CIÚMES.

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⚠️ Esse capítulo contém gatilhos de capacitismo

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⚠️ Esse capítulo contém gatilhos de capacitismo.

Centro fisioterápico Abbott Northwestern 11:30h AM.

𝓱𝓻𝓲𝓼𝓽𝓸𝓹𝓱𝓮𝓻 𝓔𝓿𝓪𝓷𝓼.

Eu não a mereço. Selena Gomez é demais para mim. Esse pensamento não me deixava em paz, todas as vezes em que eu pensava que poderíamos evoluir. Mas olhando-a mascarar seus sentimentos e não conseguindo eu percebo que tenho razão, eu não a mereço. Eu não ia falar o porquê, porém vendo-a agora percebo que deixei mexerem com a minha cabeça.

Parece ridículo, mas ver Selena virar as costas pra mim foi doloroso. Mais doloroso do que quando Irina foi embora, talvez porque ela nunca tenha me amado ou sido apaixonada por mim, talvez porque assim como Margot ela via no sobrenome Evans, que é maior do que essa cidade, uma chance de subir ainda mais na vida, talvez porque meu coração nunca acelerou da forma que ele faz quando estou com a Gomez. A fisioterapeuta me vê além da cadeira. Ainda sim, Margot conseguiu mexer com a minha cabeça.

Uma semana desde que a tive em meus braços, e a sensação está marcada em mim como uma tatuagem.

Há uma coisa sobre dormir junto com alguém que você gosta que ninguém te conta. É fácil demais se acostumar com a presença dela. O cheiro que fica impregnado em você, é a sensação do corpo quentes enrolado no seu, que mesmo no frio te faz suar, é a sensação deliciosa de poder beijar o rosto e o corpo antes mesmo de dar bom dia, e o melhor de tudo, o sexo matinal. Mas, quando acordei no segundo dia do ano, não tive nada disso, quando estiquei a mão para puxar Selena, ela não estava.

O lado da cama em que ela dormiu estava vazio e somente seu cheiro ficou ali, misturado ao meu. As lembranças da noite de ano novo e do primeiro dia de ano ficarão marcadas em mim como boas memórias. No entanto, a falta de Selena em cima de mim, deixou-me confuso.

Levantei passando com facilidade para cadeira que nunca sai da beira da cama. Era o tipo de coisa que eu odiava admitir, por ter me recusado tanto a fazer, mas a fisioterapia tinha melhorado muito a minha vida. Selena vai ficar se achando quando eu contar isso a ela. Droga eu adoro quando ela fica convencida, como ela me olha dizendo eu avisei. Essa feição ficou marcada em mim, todas as vezes que eu a dava razão. Eu esperava que ela estivesse na cozinha com Amália, tomando café antes de ter que ir embora, queria poder passar o início da manhã com ela.

Eu esperava encontrar Selena na mesa da cozinha, mas quem eu encontrei era a única pessoa que tirava todo meu bom humor e apetite além do meu pai. Margot, sentada com seu habitual roupão de seda branco, pijama de cetim brega, bordado Sra. Evans e sapatos de dormir com pelinhos. Ela não costumava fazer a primeira refeição do dia na cozinha, o que queria dizer que estava ali por minha causa.

A mulher do meu pai era antiquada e fútil, mal parecia ter a idade equiparada com a minha. Margot e eu nos conhecemos quando estávamos na escola de direito, eu estava no segundo ano, quando ela era caloura. lembro de ficar animado de ter alguém que era da mesma cidade que eu. Ela era inteligente, bonita e carismática, não levou muito tempo para que formássemos uma amizade, mas nunca foi além disso. Eu olho para trás e me pergunto, como a menina de Yale se transformou nesse ser desprezível?

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