Capitulo 37

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Bárbara passos

Jake abriu o portão que estava encostado e entrou, percebi que ele tinha um olho roxo e inchado.

- que olho roxo é esse? Por onde você andou? - perguntei.

- Oi Bárbara quanto tempo, também senti sua falar viu - ele disse irônico.

- Respondendo suas perguntas: eu entrei em uma briga com um rival - ele explicou.

- rival? Como assim? O que você anda aprontando? - perguntei confusa.

- não sei se conhece o coringa, ou melhor... Victor Augusto.

Quando ele disse isso eu fiquei surpresa e sem entender nada.

- conheço sim... por que? - perguntei.

- eu e ele entramos em uma disfunção por conta das gangues e deu nisso - ele apontou para seu olho roxo.

- gangue? Você tem uma gangue?

- sim, por isso eu sumi.

- então você é rival do coringa e ele te bateu? - ri sarcástica.

- Sim e não- ele disse simples - e você só viu uma briga minha e de coringa, em outras brigar era ele quem apanhava.

- ah claro que sim, imagino - falei sem botar muita fé no que ele havia dito.

- você está duvidando? - ele arqueou apenas uma sobrancelha e percebi ele ficar irritado.

- eu não - falei fazendo um movimento com minhas mãos.

- ah bom - ele disse e sentou-se ao meu lado.

- por que você na larga esse mundinho? Isso só proporciona desgraça... - falei por fim o que estava entalado a 10 minutos atrás.

- essa é minha vida agora babi. É uma chance de eu não ser mais um idiota invisível, de as pessoas me respeitarem.

- idiota você continua sendo - falei simples.

- não dá mais para conversar com você sem sentir vontade de te dar um tiro - ele disse irritado com o meu comentário, apenas o olhei.

- Jacob, você é... ERA uma das melhores pessoas que conheço ou conhecia, você não precisa disso, não precisa entrar em brigas ou machucar alguém para mostrar que é o melhor.

- mas nós gângsters não somos totalmente ruins... - ele disse.

- me de um exemplo- falei.

- Ok, então...  se nós vermos, por exemplo, um homem assaltando uma pobre velhinha, nós estouramos a cabeça dele - ele disse indiferente.

- e aí vocês ficam com a bolsa dela né ? - falei sarcástica.

- claro que não Bárbara - ele disse - nós devolvemos a bolsa, só ficamos com o que tem dentro. - puta que pariu, eu não tinha ouvido isso.

Não sabia se jake estava brincando ou falando sério.

Ah, claro, segunda opção.

- que horror Jacob - falei apavorada e ele riu - você caiu no meu conceito completamente agora.

- pois é, pequena pincher - odiava que ele me chamava assim - essa é minha nova e divertida vida, drogas, festas, sexo, assaltos, enfim, ser livre - se isso era ser livre eu queria estar em uma prisão perpétua.

Eu não estava acreditando em toda aquela mudança, eu estava falando com alguém que eu nunca havia conhecido, nunca.

- vá embora por favor e só volte quando o verdadeiro jake voltar - falei segurando o choro. Ele não falou nada, apenas levantou-se indo em direção ao portão, assim que saiu virou-se e disse: - eu te amo, babi. Eu sempre te amei, mas eu não mereço você, não mais - pronto, perdi toda a linha de raciocínio, fiquei sentada ali mais um tempo sem acreditar no que eu acabava de ouvir, não só quando jake disse que me amava, mas em todas as merdas que ele falou.

O dono da máfia - babictor Onde histórias criam vida. Descubra agora