BÁRBARA PASSOS
Finalmente ele havia chegado, eu estava congelando e com medo de ficar ali sozinha. Levei as mãos ao rosto me protegendo da luz do farol de seu carro que quase me cegava.
Ele estacionou e desceu.
- Você tem merda na cabeça de ficar aí sozinha? - esse idiota me xingava por tudo, mas dessa vez não liguei muito, apenas levantei-me com sua ajuda e o abracei forte, com toda a força do mundo, pressionando meu rosto contra seu pescoço sentindo todo seu perfume, o abracei como se logo ele, Victor Augusto, fosse curar toda a minha dor.
- O que aconteceu? - ele perguntou com a voz mansa, sem entender absolutamente nada, o beijei, eu precisava daquilo, eu precisava dele.
Ele correspondeu meu beijo, me pressionando contra ele, eu o apertava fortemente, pois eu estava com cede de seus lábios, era o que eu mais precisava no momento, para me acalmar.
Parei o beijo e o olhei profundamente, e ele continuava sem entender.
- Bárbara? - ouvi o grito do meu pai, ele estava me procurando.
- Vamos, Coringa. Por favor, me leve com você, eu durmo até no banheiro, no corredor de seu prédio, mas me tire daqui por favor. - implorei desesperada e ele apenas assentiu com a cabeça, pegando minha mala rapidamente e colocando no seu carro.
Fomos no carro o tempo todo em silêncio.
- O que ela está fazendo aqui? - crusher perguntou quando em viu entrar agarrada em um braço do coringa.
- Da um tempo, crusher. Vem, Bárbara- coringa disse me puxando até o quarto - onde estão os garotos? - ele perguntou antes, para crusher.
- Eles foram fazer a tal reunião que você mandou fazer sobre os carregamentos que vão chegar semana que vem, lembra? - crusher falou para coringa, mas continuava me olhando com cara de cu.
- Mas essa porra de reunião era para ter saído mais cedo.
Ele disse irritado — e a culpa era minha, eu acho —, mas em nenhum momento soltei seu braço.
- Ah, cara, não enche. Você bem dei horário específico - crusher falou.
- Vem, você vai me contar o que aconteceu - coringa disse autoritário. Entrei em seu quarto e logo fui para sua enorme cama, que estava bagunçada e exalava mais ainda seu maravilhoso perfume.
Enterrei meus pés de baixo da coberta de modo que só cobrisse até metade das minhas coxas.
Cai no choro novamente, como uma criança que perdeu seus pais no super mercado.
Vi coringa ficar sem reação, ele caminhava para lá e para cá passando a mão em seus cabelos sem saber o que fazer.
Mas eu o entendia, não era sempre que tinha uma adolescente "problemática" chorando em sua cama, isso não combinava nem um pouco com seu perfil gângster.
- Calma, porra - coringa parou e gritou - para de chorar, você está me deixando nervoso.
- Desculpa - dei um sorriso leve, enxugando as lágrimas- você não está acostumado com isso.
- É, se as garotas choram na minha cama, é de prazer - ele disse indiferente.
- Para, Victor - falei brava - odeio quando você diz essas coisas.
- Ciúmes? - ele disse com um sorriso torto.
- Não, mas é horrível se sentir mais uma. Eu não devia ter vindo para cá, vou embora - falei levantando-me.
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O dono da máfia - babictor
FanfictionBárbara passos, uma menina que era mimada pelo pai, não podia sair de casa pra nada nem para ir à escola, tinha que fazer aulas pelo computador. Mas mal sabia ela que sua vida iria mudar apartir do dia que ela saísse Victor Augusto, o cara bipolar...