Capitulo 45

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BÁRBARA PASSOS

- olha, coringa... já está tarde e acho melhor eu ir embora... - falei tentando fugir.

- não - ele disse grosso e autoritário - você vai subir - e por algum motivo eu obedeci.

Sentei-me no sofá enquanto observava coringa servir um copo de whiskey.

- você quer? - ele me ofereceu. 

- eu não bebo - pensei que ele já sabia.

- Ok, você não sabe o que está perdendo - ele deu de ombros.

- é, devo estar perdendo muita coisa mesmo - murmurei ao ver sua careta após dar um gole na bebida - ...você pode ser um pouco mais direto? - falei 

- Ah, claro... - ele deu mais um gole - você é uma vadia e está sabendo e se envolvendo demais nas coisas... - ele disse naturalmente.

- vadia não! - levantei-me - eu sou ouro perante das putas que você pega, e pode confessar que você também acha isso, Victor - cheguei mais perto, o encarnado.

- Ah, não se iluda, Bárbara. Você não está com essa bola toda - ele disse largando a taça com bebida.

- não estou? - falei logo tirando a blusa e ficando só de sutiã - tem certeza? - ri ao ver o olhar de Victor parar em meu corpo enquanto ele mordia os lábios hipnotizado.

Ele avançou o sinal me pegando com tremenda força.

- ok, talvez um pouco... - ele sussurrou em meu ouvido.

O empurrei e me agachei para pegar minha blusa de volta.

Inútil.

Coringa foi mais rápido e pegou antes de mim.

- me devolva - gritei.

- mal tirou e já quer colocar? Ah, que sem graça - coringa disse com um sorriso totalmente malicioso.

- Me devolva, coringa. Eu não estou brincando - falei séria.

- ninguém mandou você tirar - ele disse indiferente.

- ah é? Então eu vou sair assim mesmo na rua - falei indo até a porta, a abrindo e depois indo até o elevador e apertando o botão.

- Volte aqui - coringa veio até mim e me pegou a força - você não vai sair assim - ele disse me colocando para dentro do apartamento e trancando a porta.

E dessa vez, as coisas haviam mudado, eu estava gostando.

- nossa, Victor. Como você é possessivo - falei provocativa - e olha que eu nem sou sua.

- você não é minha? Tem certeza?

- absoluta! - exclamei - por que eu seria sua? Você é grosso de mais. Tem que ter romantismo, onde está as rosas vermelhas? Poxa, que fora, Victor - me fiz de boba e cruzei os braços.

Ele riu irônico.

- aí é que está - ele começou a falar - um dia eu estava pensando...

- não, espera um pouco... - o interrompi - você pensa? Aí meu Deus que orgulho! - impliquei.

- cala a boca, porra. Não me interrompe, eu odeio quando me interrompem. Já não basta eu estar com o cu entalado de tanta raiva por causa das suas drogas de intromissões nos meus assuntos, e não é a primeira vez que você me impede de acabar com o seu amigo boiola - tentei falar algo, mas ele não deixou - ah e sem contar que você é uma burra... - ele partiu para as ofensas - preferiu a vida do seu amiguinho em troca da sua, sendo que ele é um cuzão e nem te valoriza, só sabe pisar em você... e hoje, estava prestes a morrer, inútil isso né? - coringa estava sabendo como me atingir perfeitamente.

O dono da máfia - babictor Onde histórias criam vida. Descubra agora