O dono da máfia - babictor

Capitulo 76

BÁRBARA PASSOS

ㅡ Entre, Bárbara. Está parada na porta, por quê? ㅡ Meu pai falou me empurrando de leve.  

ㅡ Oi, você chegaram? Eu estava no banho. ㅡ Angélica nos cumprimentou e sorriu. ㅡ William, esse é Victor, meu filho. ㅡ Logo Angélica se ligou que não havia me apresentado à coringa, para não levantar suspeitas, mas eu fiz um sinal dizendo que estava tudo bem. 

ㅡ E aí. ㅡ Meu pai disse e os dois cumprimentaram-se com as mãos. ㅡ Você é o famoso Victor. ㅡ Eu tinha todos os motivos do mundo para querer ir embora dali. ㅡ E essa deve ser a pequena Angel. ㅡ Ele disse abaixando-se até ela e fazendo algumas brincadeiras. 

Já eu, fui até Angel e a peguei no colo ligeiramente, eu senti saudades daquela pequena. 

ㅡ Oi, linda. ㅡ Falei e ela começou a dizer umas coisas esquisitas. ㅡ Cara, eu babo em você. ㅡ Falei e Angélica riu, coringa nem se movia, continuava naquele sofá sem expressão alguma, eu podia ver alguns efeitos das drogas nele, sua pele estava mais branca que o normal e suas olheiras eram profundas.

Meu coração doeu. 

Brinquei mais um pouco com Angel e a coloquei no chão, porém ela queria continuar em meu colo, então a peguei novamente. 

ㅡ Bárbara, você pode vir aqui me ajudar rapidinho? Não sei que sapato colocar... ㅡ Angélica disse, mas vi que era um pretexto para ela falar comigo, a segui por aquele enorme corredor e fomos parar em seu enorme quarto. ㅡ Espero que não tenha nenhum problema... 

ㅡ Victor? Não claro que não, é passado. ㅡ Tentei dar meu melhor sorriso. 

ㅡ Ah, que ótimo. ㅡ Ela sorriu. ㅡ Vou colocar esses chinelos mesmo, estou nem aí. ㅡ Ela disse. 

ㅡ Chinelos são maravilhosos. ㅡ Falei e nós rimos, logo voltando para a sala de jantar. 

Sentei-me no outro sofá que havia ali, garanto que se eu sentasse ao lado de Renato ele explodiria. 

ㅡ Angélica, eu tenho um presente para você... ㅡ Meu pai disse. ㅡ Pena que eu deixei dentro do meu carro. Droga. Vou ter que ir lá pegar. Vamos juntos? ㅡ Meu pai sugeriu e Angélica assentiu meio tensa por ter que deixar eu ali com coringa, mas eu sorri a tranquilizando e logo os dois saíram. 

Coringa parecia estar em outro mundo ali sentado naquela sofá, ele não estava nem ligando para a minha presença, ele não tinha expressão alguma e aquilo já estava me assustando. Angel estava sentada no chão brincando com alguns brinquedinhos seus de borracha que faziam um barulho estranho. 

ㅡ coringa... ㅡ Minha voz saiu quase um sopro, ele virou-se para mim lentamente, quase um robô. ㅡ Por que você faz isso consigo mesmo? ㅡ Me referi as drogas. Ele não respondeu, permaneceu quieto. Levantei-me. ㅡ Hein, Victor. Me diz. Por que você faz isso consigo mesmo? ㅡ Dessa vez eu quase gritei. ㅡ Olha o seu estado, você acha que ninguém percebeu? 

ㅡ Eu não estou afim de ouvir sermões. ㅡ Ele disse agressivamente. ㅡ Cala a porra da boca. 

ㅡ Não, coringa. Olha para você. ㅡ Falei me avançando em sua direção e o levantando daquele sofá. ㅡ Você está horrível. ㅡ Horrível ele não estava, para mim continuava lindo. ㅡ Olha essas olheiras, você está pálido...Magro. Que porra. ㅡ Falei quase chorando ao vê-lo nesse estado. ㅡ Para com isso, por favor. Eu imploro. 

ㅡ Não finja que você se importa. ㅡ Ele riu debochado. 

ㅡ Eu não estou fingindo, você sabe muito bem disso. ㅡ Falei.