Revelações

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hahaha deixei vocês confusos no cap anterior né? Bora entender essa loucura toda agora, ou pelo menos um pouco dela.


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Boa leitura!


A voz ecoava na mente do Sr. Olmedo de uma forma que fez suas pernas estremecerem diante daquela situação, já fazia tanto tempo que talvez ele pensasse que seria impossível Mariane agora decidir isso, reaparecer como se nada tivesse acontecido.

Seus olhos seguiram a voz instintivamente e pousou sobre a loira cruzando a sala de espera, Mari sempre fora cheia de si e defensora de seus ideias, era difícil mante-la na linha quando adolescente, tanto que os planos para que a mesma seguisse carreira na advocacia falhou quando ela tinha 17 anos e decidiu prestar vestibular para Relações Públicas.

Havia se passado uns 7 anos desde que a loira tinha saído de casa e deixado o País, ela sempre foi independente, diferente de Marcela que sempre precisou de apoio em qualquer escolha de sua vida. Mas agora ela estava ali, com os olhos claros ardendo em fogo, a qualquer momento ela poderia explodir, ela era assim, intensa.

- Você não vai entrar. - A voz rouca de seu pai soou do outro lado da sala.

- Eu vou sim, você não manda mais em mim faz muito tempo. - a loira lançou um olhar solidário a Gizelly que assistia o fogo cruzado.

- Você não se importou em deixar sua irmã aqui e agora vem porque ficou com medo de que ela moresse?

- Não que seja da sua conta, mas eu vim todos os dias durante a visita da noite para visitar minha irmã, mas como sabemos que você é um péssimo pai, vejo que não se deu ao trabalho de ver a lista de visitantes. - a mais velha passou pela porta empurrando seu pai.

- Espere Mariane. - segurou a filha pelo braço. - O que você vai falar pra ela? Você sabe que não é o momento.

- Nunca é o momento, você sempre deixa pra depois e isso acaba se formando uma bola de neve gigante na qual você já esta afundado. - chacoalhou o braço se soltando.

Mariane era a pura justiça em pessoa, quando ficou sabendo do ocorrido passou um filme em sua cabeça, tudo ficava mais claro depois que por um descuido de sua mãe, que se não fosse por isso também estaria no escuro até agora sobre a ideia ridícula de seu pai. Por isso não fez questão em dizer que estava no Brasil, não queria encara-lo depois de saber do que ele era capaz, mas teria que ser forte por ela e por Marcela, a irmã não merecia viver no escuro mais.

Caminhou em passos largos pelo corredor longo e branco do hospital, o barulho dos saltos finos ecoavam no silêncio do local, era ensurdecedor saber tanta coisa e ficar em silêncio. A porta para a UTI estava aberta e liberada para os visitantes, a cama de Marcela ficava do lado esquerdo ao lado de uma senhorinha muito gentil que se chamava Geni.

Pôde notar o olhar desconfiado em sua direção, os castanhos de Marcela pareciam vagar por todo local da UTI menos nos olhos de sua irmã, seria loucura? estaria delirando também? Tinha certeza que o médico tinha dito que sua cabeça estava ótima, mas quem explicaria Mariane ali?

Seu coração acelerou rápido demais, o aparelho que controla se alterou algumas vezes fazendo com que o enfermeiro tivesse que conferir, olhar sua irmã depois de tantos anos sem vê-la e toca-la parecia quase um sonho. Quando Mari partiu não conseguiu se despedir, não se lembrava o motivo mas sentiu uma dor imensa ao perder novamente sua melhor amiga, por todos os anos em que ficaram juntas criaram uma relação de cuidado e amor, era com Mariane que Marcela partilhava seus medos, conquistas e a sensação do primeiro beijo.

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⏰ Última atualização: Jan 15, 2021 ⏰

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