Eu não sou uma Gizelly

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Oi gente, desculpa a demora 🤓🤡

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Boa Leitura!

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A terça feira amanheceu chuvosa em São Paulo, era um clima agradável com o céu cinzento e muitas nuvens, estava agradavelmente na casa dos 20 graus. Embora Gizelly detestasse esse tempo pôde usar desse artifício para usar seus casacos já que no ÉS o sol quase a torrava todos os dias.

Um raio iluminou o céu e por Deus quase pensou que talvez seria uma maldição de Marcela lá da casa dela só para que não a encontrasse hoje. Nunca duvidou do poder dos Mcgowans mesmo.

A calça jeans clara justa ao corpo, o sobretudo preto aberto deixando à mostra o body que tinha um decote pequeno e o salto preto de verniz compunham Gizelly que recebeu grandes olhares ao passar pela recepção do hotel em que estava hospedada.

A empresa ficava a pouco mais de 30 minutos de onde estava, mas em São Paulo tudo dobrava de tempo devido ao trânsito caótico da cidade que nunca dorme. Respirou fundo uma par de vezes quando se viu parada no mesmo lugar por três vezes que o semáforo tinha ficado verdade.

Os vidros fumê do Jeep Renegade vermelho impediam que as pessoas da rua pudessem olhar dentro do carro, e agradeceu por isso pois não estava com uma das suas melhores caras hoje nesse trânsito merda com esse tempo bosta.

Demorou cerca de 1 hora e 15 para chegar até a empresa, queria gritar por isso pois nunca se atrasou assim antes, como teria esquecido o trânsito dessa cidade maluca? Céus, nunca quis tanto voltar para Vitória.

- Bom dia Doutora Bicalho. - A recepcionista se levantou. - Seja bem vinda, o Doutor Olmedo está a sua espera. Me acompanhe por favor.

"Bem vinda?" é óbvio que serei bem vinda a empresa é minha, oras. Mas repreendeu seu pensamento.

Caminhou atrás da mulher ruiva com longos cabelos lisos e soltos, subiram até o andar da presidência do prédio e uma porta preta de madeira envernizada foi aberta para que ela pudesse passar.

- Olá Sr. Olmedo! - um sorriso se abriu ao ver um antigo amigo de seu pai. - Me desculpe pela demora, eu havia me esquecido como o trânsito de São Paulo é caótico e lento.

- Olá minha querida, fique a vontade. - ele estendeu suas mãos brancas e grandes para um cumprimento rápido. - Eu entendo, aqui devemos sair com 40 minutos de antecedência.

- A que devo a honra dessa reunião tão cedo? - acomodou-se na poltrona. - Pensei que o senhor demoraria mais a me chamar aqui.

- Veja bem, você é uma das mulheres mais jovens e ricas desse país, não seria justo eu chamar outra pessoa para treinar alguém para me substituir. - um sorriso amarelado surgiu nos lábios do senhor.

- Vejo que decidiu dar asas a sua filha, chegou a hora de Marcela saber? - as sobrancelhas pretas arqueadas com um ar de "finalmente".

- Nem tudo senhorita, mas veja que eu já não estou em tantas condições de manter seu império sozinho. - ele pigarreou. - E sei que você jamais iria querer que isso acabasse.

- Presumo que você esteja com a ideia de que sua filha se torne presidente no seu lugar.

- Sim, mas temos um porém.

- Diga-me.

- Marcela ainda guarda mágoas e eu receio que ela possa desmoronar se eu der essa empresa nas mãos dela sem ao menos ter como vigiá-la de perto.

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