Capítulo 2

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5 anos depois

O dia agitado no trabalho tinha acabado de começar. Metawin segurava um copo de café médio em uma das mãos enquanto a outra procurava pelo seu celular, que não parava de tocar, dentro da sua bolsa. Assim que ele conseguiu achar olhou para tela vendo quem insistia em ligá-lo.

- Bom dia Tommy. - Disse com a voz desanimada bufando.

- Disse para você chegar cedo hoje. - Ele disso do outro lado da linha começando a pegar suas coisas da mesa.

- E eu disse que não poderia. - Respondeu como se tivesse razão. Ele olhou para os dois lados da rua atravessando em seguida.

- Não importa. Onde você está? Estamos indo para o centro. Um homem levou um tiro na cabeça quando estava prestes a entrar em um hotel. - Metawin ouviu atentamente as palavras e deu um gole no seu café. Logo se lembrou que estava a poucas quadras do centro.

- Tudo bem. Me fala qual a rua que você me vê lá. - Tommy passou a localização e pegou a chave do carro de polícia do chaveiro do lado da porta da sua sala. - Não se atrase. - Sorriu e guardou o celular na bolsa tirando seu óculos escuro de dentro da mesma e colocou no rosto junto com um sorriso de lado.

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O lugar estava cheio de pessoas tumultuadas, curiosas. Tinha uma viatura da polícia estacionada na calçada e os polícias tentavam dispersar todos afastando elas do corpo que estava no chão.

- Bom dia Sr. Opas. - Um policial disse permitindo que Metawin passasse pela multidão até chegar no corpo do homem.

- O que nós temos aqui? - Perguntou tirando seu óculos e colocando na gola da camisa. Olhou para o homem no chão mas não o reconheceu.

- Homem, mais ou menos 25 anos. Ele levou um tiro na cabeça que pode ter vindo de cima para baixo, é o que suspeitamos. Por enquanto não achamos nenhuma pista. - Metawin se abaixou e tirou dois pares de luvas da sua bolsa. Assim que ele as colocou tocou no rosto do homem para o lado e pode ver o buraco na sua cabeça. Estava perto do topo e não muito em baixo.

- Quantos metros ele tem? - Ele se levantou e olhou para os prédios do outro lado da rua.

- Acho que... 1,75 metros, não sei. - Metawin sabia que pela posição que se bala tinha entrado realmente tinha vindo de cima. Mas a bala entrou na posição vertical, ou seja, da direita para a esquerda. E o único prédio alto o suficiente para que o tiro ocorresse ficava do outro lado da rua a poucos metros.

- O tiro partiu de lá. - Apontou para o topo do prédio e começou a tirar as luvas.

- A empresa Karn? - O policial perguntou franzindo o cenho.

- Parece que sim. Peça para tirarem o corpo daqui. E quando o Sititchok chegar, diga a ele que eu estou esperando lá dentro. - Metawin deu dois tapas no ombro do policial, com um sorriso, e começou a caminhar para o prédio.

- Sim... Sr. Opas. - Ele estava impressionado com a capacidade que aquele investigador tinha de resolver alguns casos rapidamente.

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Um dos defeitos de Metawin era a sua impaciência. Só tinham se passado dez minutos mas pareceram horas na sua cabeça. Ele avistou uma máquina de doce, perto do sofá que estava sentado, e caminhou até a mesma. Enquanto olhava as opções ele tirou uma nota da sua carteira. Assim que escolheu inseriu a nota e o código do doce. Quando a mola começou a girar o pacote de jujuba ia vindo mais para frente e derrepente parou fazendo com que o pacote não caísse.

- Merda! - Bufou enquanto a raiva ia tomando conta do seu corpo. Ele começou a bater no vidro, esperando que o pacote balancasse e caísse, mas sem sucesso. Assim que deu o último soco, chamando atenção de todos pelo barulho, um homem se aproximou dele.

- Ei! Não quebra. Ela foi cara. - O homem, com uma expressão seria, bateu na lateral da máquina duas vezes fazendo o pacote cair. Ele se abaixou e pegou o doce entregando para Metawin que o pegou sem tirar os olhos dele.

- Obrigado. - Agradeceu com a voz falhando. - Metawin. - Se apresentou colocando um sorriso no rosto. O homem olhou para sua mão estendida para sua frente esperando que ele apertasse a mesma.

- Não perguntei seu nome. - Metawin não esperava essa reação e fechou sua mão encolhendo a mesma. Seu sorriso foi sumindo timidamente.

- Entendi. Desculpas. - Ele se virou de costas e quando ia embora deu para ouvir o homem soltar um ar pesado.

- Bright. - Disse colocando um sorriso forçado no rosto. Não esperou mais nada e seguiu seu caminho deixando Metawin, com um sorriso bobo, sozinho.

- Achei que estaria me esperando e não flertando por aí. - Ele se assustou assim que viu Tommy parado na sua frente.

- Você tem que parar de fazer isso. - Ele diz com a mão no peito. - Vamos logo, você chegou mais de dez minutos atrasado. - Eles começaram a andar até o elevador e assim que chegaram lá Tommy tocou o botão chamando o mesmo. Metawin estava com o pescoço esticado procurando pelo tal "Bright" que ele acabará de conhecer.

- Se concentre, na investigação. - Tommy virou a cabeça do Metawin para frente. - Depois você vai poder procurar quem quiser. - Ele odiava quando Tommy era extremamente profissional.

- Sim chefe. - Metawin abaixou a cabeça e o elevador chega abrindo as portas. Os dois entraram e Metawin apertou o botão para o último andar. Eles subiram em silêncio o caminho todo. Eram amigos de muitos anos mas Metawin sabia que Tommy era muito profissional, quase sempre.

Assim que a porta do elevador se abriu deu a visão completa para o terraço. O piso não era cimento e sim várias pedras de brita espalhadas em todo canto. Quando Tommy ia dar o primeiro passo Metawin colocou sua mão na frente segurando o seu chefe o olhando sério. Tommy franziu o cenho olhando para o mesmo que apontou para baixo na sua frente.

Tinha a marca exata de um pé. Metawin deu um sorriso de lado e rapidamente ficou sério. Tirou sua mão do seu chefe e, desviando da pegada, caminhou até a sacada. Tommy abriu sua bolsa e tirou uma trena da mesma medindo o tamanho da pegada. Ele colocou um sorriso no rosto, pelo jeito que Metawin ficava quando ele agia com profisionalismo, enquanto anotava o tamanho em um bloco de nota.

Metawin estava olhando para o lugar onde o homem tinha sido acertado. A visão era perfeita, limpa, sem nada na frente que empatasse. Ele começou a pensar em que tipo de arma ele teria usado e acabou se lembrando que esqueceu de ver se a bala tinha atravessado a cabeça e caído no chão.

Por algum motivo ele estava sentindo que não seria um caso fácil e nem rápido.
E ele estava certo.

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The Center Of The World - BrightWin/Mii2Onde histórias criam vida. Descubra agora