Capítulo 9

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Metawin acordou assustado com o barulho da porta sendo fechada com força. Ele ainda estava dormindo e preso a cadeira. Seus olhos estavam marejados e seu cabelo bagunçado. Ele olhou para a porta e viu Bright, visivelmente com raiva. O mesmo pegou uma jarra de vidro e lançou contra a parede fazendo ela se quebrar em vários pedaços.

– Bom dia. – Metawin disse em um tom sarcástico.

– Cala, essa, boca. – Bright respondeu ofegante e dando algumas pausas. Metawin ainda não tinha o visto com raiva mas não estava assustado com isso.

–Vai contar o que aconteceu? – Ele perguntou apontando com os olhos para a jarra estilhaçada no chão. Bright se aproximou do mesmo rapidamente e segurou as duas pontas da cadeira deixando seu rosto muito perto do de Metawin.

– O seu amiguinho tirou o Klahan da casa dele e levou ele pra outro lugar. – Então parecia que Bright já tinha ido tirar a vida do Klahan de manhã cedo. Metawin não sabia nem que horas era mas estava mais curioso do que nunca para saber o motivo de tanto ódio.

– Então... O que você vai fazer? – Metawin olhou para ele de cima para baixo.

– Eu posso te socar e depois te soltar na frente do apartamento do seu amigo. – O olhar de Bright era realmente ameaçador, e chegava até dar medo, mas Metawin não se importou com a ameaça.

– Ou, você pode me levar para sua cama. – Ele diz com um sorriso de lado, meio convencido.

Bright se afastou da cadeira e deu um soco no rosto de Metawin que fez ele girar sua cabeça na direção contrária. Ele passou a língua no lábio em que a mão de Bright acertou e depois levantou seu olhar até o mesmo.
Metawim se levantou da cadeira e deu um soco no rosto de Bright que o fez cair no chão com a mão no queixo. Ele passou a mão no seu pulso direito, com um pouco de dor, e depois tirou a fita que estava colada em sua roupa.
Bright o olhou confuso tentando entender quando e como ele tinha se soltado.

– Como você fez isso? – Ele perguntou se levantando do chão.

– Eu estou solto desde que você foi dormir ontem a noite. – Respondeu de um jeito convencido. – Sou um investigador, não um policial. Fui treinado para resolver mistérios e me soltar de algumas coisas. – Ele virou um pouco a cabeça para no lado e levantou as sobrancelhas. – E isso... – Ele pega a fita do chão. – É o nível para iniciante. – Bright ainda o olhava confuso e Metawin revirou os olhos caminhando até o sofá.

– Então por que você não fugiu? – Ele o seguiu até o sofá.

– Queria ver até onde você iria. E pelo o que eu pude perceber, você não é mal. Apenas está se vingando pelo o que fizeram com você. O que está me deixando muito curioso. – Ele o olhou franzindo o cenho. – Tem haver com a sua cicatriz, não é? – Bright sentiu todas as suas memórias ruins voltarem em um piscar de olhos e balançou a cabeça as afastando.

– Isso não te interessa. – Ele caminhou até o telefone, que estava em cima de um mesa, e depois afastou uma almofada do sofá e tirou uma arma de lá. Metawin se afastou com o susto mas logo parou quando chegou perto da parede. – Liga para ele, e pergunta para onde ele levou o Klahan. – Bright entregou o telefone ainda apontando a arma pare ele. Metawin não estava com medo mas também não poderia deixar a oportunidade de usar um telefone passar.
Ele pegou o telefone e digitou o número colocando o telefone na orelha em seguida. Chamou algumas vezes até que Tommy atendeu.

– Oi. É o Metawin. – Rapidamente Tommy começou a falar várias coisas ao mesmo tempo.

– Aonde você está? Estou precisando de você? Que gripe é essa?

– Calma. E o que aconteceu? – Bright ainda estava apontando a arma para Metawin e as vezes ele intercalava seu olhar entre a arma e os seus olhos.

– Eu levei o Klahan para a CAV*. Mas parece que alguém foi na casa dele o procurar.

– Hum... Quem será que foi? – Metawin disse olhando para Bright que revirou os olhos.

– Não da para ver. As imagens das câmeras que conseguimos mostra apenas um homem coberto com uma roupa preta.

– O que você vai fazer? – Metawin encostou sua costa na parede relaxando os músculos, ignorando completamente que Bright estava apontando uma arma para ele.

– Vou mandar reforçar a segurança no quarto do Klahan. Ele ainda não disse nada, então não temos como saber o por que do assassino estar fazendo isso.

– Ok. Eu vou desligar. Tem um saquinho inteiro de amendoim me esperando.

– Amendoim? – Tommy franziu o cenho.

– Sim. Até amanhã. Não me ligue. – Metawin desligou o telefone e entregou para Bright que abaixou a arma.

– Aonde ele está? – Ele pegou o telefone e jogou no sofá.

– Na CAV. Vai ser difícil você entrar lá. O quarto do Klahan vai estar com a segurança reforçada.

– Onde fica isso?

– Eu não vou te levar lá. Não vou ser acusado de cumplicidade. Já se tocou que seu irmão também pode ir com você? – Bright se aproximou mais de Metawin o colocando contra a parede ainda apontando a arma para ele.

– Você e nem o seu amigo, vão relar um dedo no meu irmão. O meu único alvo agora é o Klahan, mas a qualquer momento isso pode mudar. – Agora o olhar de Bright estava ameaçador mas mesmo assim Metawin não se importava.

– E a lista de quem vai pra sua cama, eu estou incluso nela? – Bright revirou os olhos e segurou a mão de Metawin começando a puxar ele até seu quarto. Ele entrou e Metawin ficou olhando para Bright, com o coração acelerado.

– Você vai passar o resto do dia aqui. Já que quer tanto ir para minha cama. – Metawin tentou conter um sorriso mas não conseguiu muito.

– Tudo bem. Eu vou te esperar então. – Ele tirou sua camisa e a jogou na cama. Bright ficou o olhando por um tempo mas logo saiu de seu transe. – Você é muito pervertido. – Metawin repetiu a frase de Bright, sorrindo logo em seguida. Ele se jogou na cama e Bright saiu do quarto.
Ele bateu na maçaneta com a ponta da arma e a quebrou impedindo que Metawin a abrisse. Bright não sabia direito o que iria fazer mas teria que fazer agora.

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Notas do autor:

CAV: Centro de Apoio a Vítima.

The Center Of The World - BrightWin/Mii2Onde histórias criam vida. Descubra agora