Metawin e Tommy estavam em uma sala de interrogação. Tommy estava sentado em uma cadeira, de frente para uma mesa, e Metawin estava escorado na parede atrás do mesmo. Bright estava sentado em uma cadeira do outro lado da mesa, com as algemas em seus pulsos presas na mesa.
– Tirando o Rang, que está morto, alguém mais te ajudou? – Tommy perguntou olhando sério para Bright. Logo ele se lembrou da vez que Jimmy o ajudou com as câmeras da sua empresa e ficando calado todo esse tempo sem dizer nada.
– Não. – Ele mentira por que sabia que não tinham nenhuma prova para prender Jimmy e ninguém que pudesse dizer o contrário.
– Por que você fez isso? – Tommy apoiou seus cotovelos na mesa olhando atentamente para o mesmo. Metawin arqueou a sombrancelha pois ele também queria saber o por que dessa vingança.
– Sou obrigado a responder? – Bright perguntou com desinteresse entreolhando Metawin e Tommy.
– Sim. – Bright começou a contar tudo o que aconteceu com ele desde o começo, a cinco anos atrás até o dia que ele foi tirado da escola. Algumas partes eram realmente muito pesadas, e ele deixou algumas lágrimas rolarem pelo seu rosto, olhando para baixo. Quando ele terminou de falar Tommy olhou para Metawin, que passou as mãos pelas bochechas rapidamente, tentando disfarça o choro. – Você... Vai querer ligar para o seu advogado? – Tommy perguntou, sem jeito, se levantando da cadeira e pegando os papéis que estavam sobre a mesa.
– Não. – Os dois olharam para Bright franzindo o cenho. Ele sabia o que tinha feito e o caminho que estava seguindo, e para onde iria no final de tudo.
– Tudo bem. Metawin leva ele pra cela. – Tommy diz e sai da sala. Metawin vai até Bright e solta um lado da algema do seu pulso e depois o outro.
Bright se levantou da cadeira e Metawin ficou atrás dele o conduzindo até a ala das celas que ficavam em uma parte afastada de onde eles estavam e só tinha um policial de guarda lá. Assim que Metawin o viu fez um sinal para que ele fosse embora, e o mesmo fez o que ele pediu. Metawin abriu a porta da cela e Bright entrou e em seguida Metawin trancou a porta novamente.
Bright deu a volta na cela e foi até as grades ficando de frente para o lado de fora. As grades eram um pouco afastadas uma da outra, o suficiente para Bright colocar a cabeça para o lado de fora. Metawin foi para frente do mesmo e ficou o olhando, com os braços cruzados.
– Me desculpa por ter te prendido naquele quarto, na cadeira, por ter feito você desmaiar, por ter te ameaçado,ter mentido e por ter te batido. – Metawin deu um sorriso com tudo o que Bright disse.
– Não esqueceu de mais nada? – Perguntou fazendo graça e Bright sorriu do mesmo abaixando sua cabeça.
– Não esconde. Eu gosto de ver seu sorriso. – Os dois se olham sem tirar o sorriso do rosto. – Sinto muito por tudo o que aconteceu com você.
– Você não tem culpa. – A expressão seria volta para o rosto de Bright. Eles se olharam por mais um tempo até que Metawin deu um passo para trás coçando a nuca.
– Eu tenho que ir agora. – A cada pequeno passo que Metawin dava para trás o sentimento de que ele não veria Bright por um tempo ia o consumindo.
– Coelhinho... – Bright o chamou fazendo ele parar de andar e olhar para o mesmo. Ele o chamou com o dedo e Metawin se aproximou da cela. Bright esticou o braço e pegou a mão do mesmo, a segurando com força. – Me espera. – Metawin o olhou, com os lábios meio abertos, que pareciam chamar por Bright.
Ele segurou a nuca de Metawin e o puxou até seus lábios se encontrarem e eles começarem um beijo. O coração de Metawin começou a bater muito rápido, estava se sentindo como se fosse um adolescente aprontando alguma coisa escondido. Quando os seus lábios se separaram Metawin olhou para Bright meio perplexo. Ele tinha gostado, e muito, mas não conseguia fazer nenhuma palavra sair da sua boca.– A gente se ver lá fora. – Bright levou sua mão até a bochecha de Metawin e começou a acariciar a mesma, com sorriso de lado.
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Tommy tinha saído da delegacia e ido até a empresa de Jimmy, para avisar que Bright tinha sido preso. Assim que o mesmo chegou foi direto para a sala de Jimmy e dessa vez esperou a sua Secretaria avisar que ele estava lá. A mesma permitiu a sua entrada e Tommy entrou na sala, fechando a porta em seguida.
Jimmy estava de pé, na parte de trás da sua mesa, com um sorriso bem grande. Tommy sentiu pena por estar levando uma notícia que o deveria triste.– Boa tarde. – Jimmy diz e depois aponta para a cadeira, como se estivesse pedido para se sentar.
– Não, obrigado. Eu não vou demorar muito. – Tommy respondeu com um sorriso de lado, meio forçado.
– O que você veio fazer aqui então? – Jimmy franziu o cenho para o mesmo.
– O seu irmão, ele foi preso. Acusado de mandar assassinar três pessoas. – O sorriso de Jimmy sumiu aos poucos mas o número “três” o fez pensar um pouco.
– Três? – Ele perguntou.
– Sim. O Klahan deu um tiro na própria cabeça e caiu do prédio que estava. – Tommy explicou e Jimmy suspiro pesado, passando a mão no cabelo. – Como ele não matou ninguém eu acredito que ele não vá ficar muito tempo preso.
– Pelo menos isso. – Jimmy soltou um ar aliviado.
– Ele te cobertou, dizendo que você não o ajudou, mas eu não acreditei, obviamente. – Os olhos de Jimmy rapidamente se encontraram com os de Tommy. – Não se preocupa, não vou te prender. Não tenho provas, para sua sorte.
– Olha, se você me der a chance de poder explicar...
– Não precisa. A razão de tudo só você sabe. – Tommy levantou uma sobrancelha na sua direção com um sorriso de lado. – E se você me contasse, aí sim eu teria provas e poderia te levar preso. – Jimmy o olhou assustado enquanto Tommy não tirava o sorriso do rosto.
– Então... Você está me protegendo? – Jimmy perguntou abrindo um sorriso aos poucos.
– Sim. Mas só dessa vez. – Jimmy riu aliviado.
– Por que você está fazendo isso? – Tommy começou a pensar em várias desculpas ao mesmo tempo. Não poderia falar que era por que tinha gostado dele, isso seria vergonhoso.
– Hãn... – Ele coçou a nuca. – O seu irmão... – Disse rápido. – Ele contou o que aconteceu com ele no passado.
– Ah... – Ele diz fingindo acreditar. – Eu sempre o aconselhei a seguir outro caminho. Mas ele não me ouviu. – O mesmo se sentou na sua cadeira.
– Cada um reage de um jeito. – Tommy bateu na mesa de leve. – Eu já vou indo. – Ele se virou de costas e deu alguns passos até chegar na porta. Jimmy se levantou da sua cadeira rapidamente.
– Espera! – O mesmo disse fazendo Tommy se virar e olhar para ele. – A gente... Ainda vai se ver?
– Só se você cometer algum crime. – Os começam a sorrir juntos.
– Não acho uma boa opção. – Ele diz cessando o riso aos poucos. – Que tal... A gente sair, pra um jantar? – O nervosismo tomou conta de Jimmy, era visível em seu rosto e até no seu corpo, suas mãos estavam tremendo muito.
– Um encontro? – Tommy perguntou com um sorriso de lado nos lábios sem tirar o seu olhar dos olhos dele.
– Praticamente. – Ele respondeu a voz trêmula e falha no final. Tommy também estava muito nervoso. Sua mão apertava a porta com todo força que ele tinha.
– Não parece ser má ideia. – Ele respondeu dando um sorriso de lado e depois saiu da sala fechando a porta em seguida.
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Fim.
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The Center Of The World - BrightWin/Mii2
RomanceBL, Mistério, Drama/Concluída Bright achava que sendo bom com todos receberia a mesma coisa de volta. Mas um dia ele percebeu que isso não era para ser um lema de vida. Os seus olhos se abriram para o mundo real e percebeu que sendo bonzinho não con...