2 - Não Tome Partido

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⚠ ALERTA DE GATILHO ⚠️

Menções a violência doméstica, psicológica, física e verbal. Alcoolismo e representação gráfica de hamatomas. Estafa mental e confronto.

⚠️ Prossiga com cautela ⚠️

Frustrado com toda a situação de abuso ao qual Eijiro era submetido, Katsuki decidiu tomar uma providência quanto à tudo, desejando poder libertá-lo daquele inferno

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Frustrado com toda a situação de abuso ao qual Eijiro era submetido, Katsuki decidiu tomar uma providência quanto à tudo, desejando poder libertá-lo daquele inferno. 

Obviamente que, no auge de seus quatorze anos, sua atitude, apesar de empática, esbarrava em muitos pormenores que somente adicionaram mais problemas à lista de Eijiro. A primeira foi a de confrontar o pai de Eijiro mesmo ele suplicando para que não o fizesse. 

Tinha sido o limite para Katsuki que já não suportava mais apenas observar o ômega se afundar naquele estado lastimável de abuso parental. Como adolescente ele deveria ter seus direitos preservados e no caso do tutor legal ser incapaz de garantir sua saúde física e mental cabia ao Estado resguardar sua segurança. 

Por isso ele o seguiu sem que Eijiro suspeitasse, escondendo-se toda vez que ele virava para olhar para trás. Uma situação estúpida, de fato, mas que Bakugou não se importava de protagonizar. Afinal, que tipo de herói ele seria se não conseguisse proteger as pessoas mais próximas de si, de seu próprio círculo pessoal?

A pessoa que amava em segredo?

Em determinado ponto do percurso, o ômega simplesmente parou na ponto onde permaneceu longos minutos escorado na amurada, apenas observando a água passar por debaixo em uma correnteza lenta. O olhar dele era desanimado, distante e cansado e o estômago de Katsuki revirou ao pensar que ele poderia estar cogitando se atirar na água. Não houve, no entanto, sequer uma sugestão de que isso pudesse acontecer nos quarentas minutos que ele passou recostado ali.

Por pouco, Katsuki não desistiu da ideia de ir em frente com o próprio plano. Bastava lembrar do desabafo de Eijiro para renovar a certeza de que precisava fazer algo em relação à tudo aquilo. Logo entraram em um bairro de classe média o que, por si só, foi uma surpresa para Katsuki.   

A decisão de segui-lo e tentar lidar com tudo sozinho logo se mostrou estúpida, pois Katsuki presenciou uma cena que o fez se descontrolar. O pai de Eijiro era um alfa grande, intimidador, com uma carranca de poucos amigos que saiu de casa parq repreender o filho pelo atraso e, sem cuidado algum tempo dar modo hostil, o puxou pelo colarinho, arrastando-o para casa antes mesmo de ouvir qualquer justificativa.

— Ei, solta ele, idiota! — Katsuki gritou e os olhos de Eijiro arregalaram em surpresa ao vê-lo.

Ao ver que Katsuki estava se aproximando, Eijiro aproveitou a desatenção do pai para se desvencilhar de seu aperto, levantando os braços e deixando o peso do corpo cair propositadamente para que despir o moletom que vestia.

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