4 - Familiaridade

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Olá, amades. Estou tão feliz que encerrei "Insuficiente" ontem que deu até ânimo para escrever essa fic, afinal eu escrevendo o Eijiro ômega é algo raro. 

De modo algum era fácil para Bakugou aceitar aquela situação

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De modo algum era fácil para Bakugou aceitar aquela situação. Sua mente quase explodia no mais puro ódio e as explosões simplesmente surgiam na palma de suas mãos ao ouvir os relatos de Eijiro ou cogitar que sua segurança estava em risco toda vez que pensava nele dividindo o mesmo teto que aquele abusador canalha. 

Quando estavam longe um do outro ele só conseguia pensar na segurança de Eijiro, tentando não imaginar que ele poderia estar sofrendo algum tipo de violência. Já era ruim o suficiente não poder tomar partido e descer a porrada na cara do pai de Eijiro, alimentar a raiva com suposições tornava tudo ainda pior. 

A única maneira de acalmar seu coração era colocando os olhos no ômega e verificar por si só que estava bem. Obviamente nem sempre era assim, e ele surgia com hematomas e ossos quebrados ou arranhões espalhados pela extensão pele. A visão dos resultados da violência agitava o espírito vingativo de Katsuki e era preciso que Eijiro o acalmasse relembrando-o de sua promessa. Mais calmo, a dor de perceber que haviam machucado seu amado ômega o deixava de coração partido. 

O tempo, inexoravelmente, passou e a amizade aos poucos se tornou algo mais forte até se transformar em namoro. Foi um momento de puro êxtase para Katsuki pois ele já amava Eijiro desde o primeiro momento e a confirmação de que ele sentia o mesmo ajudou a exorcizar o demônio da incerteza. 

Foi tudo tão tímido, inocente no início. Nenhum dos dois tinha muita experiência ou sabia o que fazer ao certo. Seus rostos enrubesciam e os olhos escapavam de um contato visual maior que alguns segundos, antes de Eijiro explodir em risadinhas animadas e Katsuki bufar a beira de um colapso de vergonha, fazendo o máximo para manter a pose irritadiça. 

A sensação de suas mãos se tocando, os dedos se entrelaçando pela primeira vez foi tal qual experimentar a maturidade precoce. Ambos já haviam se tocado antes, gestos simples como resvalar a mãos ou acariciar timidamente a pele, até mesmo se abraçaram e choraram juntos. A diferença é que dessa vez ambos sabiam que o toque envolvia mais do que o simples desejo de consolar um amigo, era pessoal, íntimo. Trazia tranquilidade, completude e conforto. 

Foi Eijiro quem tomou a iniciativa, segurando a mão dele e entrelaçando seus dedos com as bochechas em chamas, tão vermelhas quanto seus cabelos cujos fios agora tinham cerca de dez centímetros de comprimento, descendo lisos para a testa. A medida que os cabelos cresciam ele recuperava parte de sua vaidade. 

Foi tão repentino que o alfa se assustou, o encarando com olhos arregalados que desceram de sua mão para o rosto do ômega e fizeram o caminho reverso, tudo de modo lento, quase estático. 

— A palma da sua mão é quente e meio suada. — Eijiro comentou, oferecendo ao alfa aquele sorriso que o tirava de seu normal e jogava em um limbo de silenciosa apreciação.

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