Olá, amades, tudo bem? Eu estive ausente por não ter tido oportunidade de sentar e escrever, mas enfim aqui estou. Espero que curtam.
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O primeiro sentido que retornou à Katsuki foi a audição. Sons desconexos, incompreensíveis chegaram à si sem de fato serem absorvidos. A mente flutuava, suspensa, os pensamentos tentando se alinhar com o que estava ao redor.
A primeira coisa que notou no retorno à consciência foi o silêncio de seus instintos alfa o que o fez concluir que tinha sido nocauteado. Ergueu as mãos trêmulas e tocou o rosto, lutando para abrir os olhos que permaneciam quase cerradas sob o peso invisível em suas pálpebras.
Os músculos entorpecidos pelos analgésicos começaram a despertar e trazer um pouco de dor. A sensação de insensibilidade ainda formigava. Estalou a língua na boca seca e passou a língua pelos lábios ressecados. Seu atordoamento era tão profundo que só percebeu que havia alguém ao seu lado depois de sugar pela terceira o canudo que inseriram em sua boca. A água renovou um pouco de sua noção e ele sentiu pontadas de dor no fundo de seu cérebro, bem como o estômago sensível revirar.
Onde estava? Porque se sentia dolorido e indisposto? Podia jurar que estava bebendo no escritório e...
...o que fez mesmo?
Podia jurar que estava tendo uma ressaca fodida. Quase não bebia por ser fraco a bebida e intolerante ao maldito mal estar que vivencia depois da bebedeira. Esse era um hábito que tinha adquirido nos últimos meses e era em pouca quantidade em alguns eventos. Contando com esse, era a segunda vez que experimentava a ressaca.
Mas por que bebeu mesmo?
O cérebro ainda estava trabalhando com o mínimo da capacidade.
O coração afundou ao lembrar da angústia incapacitante. Levou segundos para um clarão de compreensão o aleijar, forçando-o a se sentar, subitamente desperto.
Eijiro! Ele tinha o encontrado e aí então...
— Se acalme, ainda está sobre efeito dos supressores injetáveis.
A mão em seu peito parecia pesada demais e Katsuki debilmente lutou para afastá-la antes de subir as mãos ao cabelo, penteando-os com os dedos. Seus músculos ainda estavam lentos, respondendo os comandos do cérebro segundos depois, num efeito retardatário.
— Quem...? — a língua estava pesada, estranha — Quem é você?
— Kyoko, enfermeira.
— Eijiro, onde... ele está?
— Infelizmente não tenho informações adicionais. Estou aqui apenas para atendê-lo em caso de necessidade e chamar o médico responsável por avaliar suas condições físicas
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Aonde quer que eu vá
Hayran KurguConhecer Eijiro trouxe à vida de Katsuki um sentido diferente, um desejo além da obsessão de se tornar o herói número um. Nenhum outro ômega se comparava à ele e certamente nunca haveria. Porém, dois anos após se formar ele ainda não conseguiu alcan...