5 - Destino

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Olá, amores, como estão? Espero que bem pois precisam estar com o coração forte para as emoções que virão.

Tomado pelo pânico absoluto, Katsuki não pensou nas restrições impostas pelas regras da escola, nem perdeu tempo com detalhes, lançando-se a caminho da casa de Eijiro

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Tomado pelo pânico absoluto, Katsuki não pensou nas restrições impostas pelas regras da escola, nem perdeu tempo com detalhes, lançando-se a caminho da casa de Eijiro. Os pés estavam descalços e o peito nu, se locomovendo com o auxílio de sua peculiaridade. 

Felizmente a casa ficava algumas quadras da UA e ele logo reconheceu a rua, acordada pelo som das sirenes e o brilho doentio emitido pelo giroflex das viaturas, banhando o asfalto e refletindo nas janelas em tons azuis e vermelhos. O som agudo das sirenes da polícia se misturando ao da ambulância alimentou o pânico dentro do coração de Katsuki. Arfava, volvendo o rosto para os lados em desespero em busca de um sinal de Eijiro. 

O encontrou depois de alguns minutos angustiantes, cercado por policiais. Dois estavam ao seu lado, de pé, o interrogando. Um deles segurava um pequeno bloco de anotações que rabiscava furiosamente a cada nova informação. 

Se eles estavam pensando que iriam levá-lo preso, descobririam que seria impossível agora que Katsuki chegou. Estava mais do que disposto a lutar com eles, pegar o ômega e escapar com ele para algum lugar seguro. O comportamento acuado de Eijiro apenas alimentava sua necessidade de proteção e fazia seu alfa interior sibilar agitado. 

"Garantir que o ômega esteja seguro, confortável e feliz. Faça isso logo. AGORA! " comandava, exigente. 

Não precisava do maldito instinto para lhe dizer o óbvio. Ele não deixaria ninguém ameaçar ou levar Eijiro de si. Não enquanto estivesse respirando. 

Sem pensar duas vezes ele se moveu, precipitando-se contra o ômega que teve literalmente poucos segundos para reconhecê-lo antes de se ver envolto pelos braços que o protegiam das possíveis ameaças. O rosto dele era uma mistura de surpresa, hesitação e necessidade, o que alimentou as certezas de que precisava ser acolhido. Katsuki bombeou tanto perfume calmante que ele levou segundos para ele amolecer em seu abraço, suspirando em meio aos soluços sufocados.

— Vocês não vão levá-lo a lugar nenhum, estão ouvindo? — rosnou para os policiais que ainda estavam absorvendo o espanto de sua súbita aparição — Não importa o que ele fez, aquele maldito mereceu e isso é tudo o que precisam saber. 

A policial que estava com as mãos livres o encarou com o semblante compreensivo e isso perturbou o alfa de Katsuki. Havia, contudo, certa aspereza em seu tom de voz. 

— Entendo que o está protegendo, garoto, mas não pode simplesmente tentar nos dissuadir de realizar nosso trabalho. 

— Foda-se, eu não ligo. — manteve a postura, apertando Eijiro ainda mais contra o seu peito. Seus olhos marejaram traiçoeiramente — Vocês não salvaram ele quando o desgraçado o espancava, não vão levá-lo agora que ele está morto. Vocês não vão prendê-lo! — determinou, as presas à mostra em um sinal de que atacaria se ousassem tocar em Eijiro.

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