Eight

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                               Borboletas

Ouço o som de meu despertador tocar, ótimo vou ter que levantar na força do ódio para ir em un lugar que nem queria estar, colégio, ótimo, logo me levanto para me arrumar e tomar um café forte sem açúcar, meus pais já estavam de pé, minha mãe já me recebeu reclamando, típico, meu pai se responsabilizou em me levar para o colégio já que era a caminho de seu trabalho.
                             
Logo me vejo parada em frente aquele colégio, ouço meu pai dar tchau e falando um boa sorte filha e logo em seguida saindo do estacionamento, logo entrei naquele imenso lugar cheio de armários vermelhos e alunos me encarando, corredores longos, parecia um labirinto e dei graças a deus por ter achado a sala e não ter me perdido, as horas demoraram para passar, eu estava muito na esperança de encontrar Day ali, sei que vai ser difícil mas eu agradeceria e como eu sei que ela também estuda aqui, bem, ela me falou quando estávamos na cafeteria, ouço o som do sinal bater e carteiras sendo arrastadas logo me levantei arrumando minhas coisas, eu estava ando pelo corredor quando sinto alguém me cutucar me assustei é claro já que estava no mundo da lua, quando me viro para trás me deparo com a Day sorrindo para mim gentilmente.

- Oi Ruiva, desculpa te assustar assim não era minha intenção.

- Tudo bem, as vezes eu me perco em meus próprios pensamentos. - Falei andando ao lado dela até a saída.

- Carol é... - Ela deu uma leve pausa dramática mas pude ver que estava nervosa. - Você vai fazer algo hoje?

Olhei pra ela surpresa já que a mesma estava me chamando para sair.

- Hmmm deixa eu ver minha agenda. - olhei para minha mão fingindo estar vendo um bloco de notas. - Pelo o que eu vi aqui senhorita Dayane estarei disponível hoje. - eu ri e ela também.

- Engraçadinha você Carol, então lá pelas 14h eu passo na sua casa que é muito longe. - novamente rimos e me despedi dela com um abraço.

Meu pai estava me esperando no estacionamento já que eu saia na hora do almoço dele.
                                  
Ouço o som da campainha tocar e meu coração acelerou já que sabia quem era, desci as escadas correndo quase caindo nos degraus, abri a porta fingindo estar tudo bem, Day estava simplesmente linda de preto e eu bem, vesti a melhor roupa que tinha em meu guarda roupa, mal tinha reparado que eu estava parada a encarando.

- Carol, oi, terra chamando Carol. - Ela estava passando a mão em frente ao meu rosto e levemente rindo.

- Desculpa, me distrai um pouco aqui com a sua beleza. - Vergonha 0 né Carol.

- Ah... é... obrigado Ruiva, você também está simplesmente linda. - Senti um leve nervosismo em seu tom de voz, fora as pausas dramáticas.

Estávamos andando em direção a casa de Day e eu fiquei confusa já que achei que iríamos chamar um Uber ou algo do tipo.

- Day a gente vai sair de moto?

- É sim, tem algum problema? - Falou abrindo sua garagem.

- Achei que íamos de Uber.

- Se você quiser a gente chama um.

Day parecia não se incomodar com o que eu falei, eu nunca andei de moto na minha vida toda, bom até o momento.

- Eu nunca andei de moto Day. - Falei um pouco nervosa.

- Bem se você tiver com medo eu chamo um Uber.

- Eu não estou com medo Dayane. - Falei começando a ficar emburrada. - Quer saber vamos de moto também.

- Calma Ruiva eu estáva brincando. - Falou tirando a moto para fora e me dando um capacete e logo subi na garupa da moto abraço a cintura de Day.
                                 
Day parou a moto em frente um Park cheio de árvores e não muito movimentando, era muito bonito tinha um lago aonde tinha patos e uma ponte de madeira, sentamos em baixo de uma árvore aonde não tinha muitas pessoas ao redor.

- Então senhorita Carol, me diga coisas sobre você. - Ela me olhou séria.

- Bem não tenho muito o que falar sobre mim, Eu vim do Brasil por conta do serviço do meu pai, nos não iremos ficar por muito tempo só até a empresa nova se estabilizar. - Day me olhava e me ouvia atenciosamente. - Eu não sei se te falei mas tenho 17 anos, gosto de tocar violão e cantar, também componho músicas, mas são pessoais nada muito sério, minha mãe é uma víbora, adora luxo e gastar dinheiro em coisas totalmente desnecessárias, e meu pai bem, ele é um amor de pessoa, sempre me ajuda quando preciso, mas agora chega de falar sobre mim me diga coisas sobre você Dayane.

- Olha eu não sou muito de falar sobre mim, não me sinto tão bem falando de algumas coisas mas eu tentarei falar o que eu conseguir. - Falou olhando pro chão e pegando uma folha que tinha acabo de cair da árvore aonde estávamos encostadas. - Eu também tenho 19 anos, eu parei de estudar por uma pessoa, já era para eu ter terminado o colégio faz tempo mas eu fui burra e me deixei ir nas ideias de outra pessoa, eu também amo tocar violão e cantar as vezes também componho algumas coisas, eu moro sozinha e meu pais são um amor sempre me ajudam, meu pai é um advogado e minha mãe uma fotógrafa, acho que é isso não sei muito o que dizer sobre mim.

- Day você já namorou alguma vez, Desculpa se eu estiver sendo muito invasiva. - Olhei para ela e pude ver seu olhos se encherem de lágrimas e escorrerem pelo seu rosto. - Meu Deus Day eu fiz alguma coisa? - O que eu fiz meu Deus, fiz merda já no segundo encontro, eu sou uma tapada.

- Oi ? Não está tudo bem, não se preocupe. - Ela virou o rosto para o outro lado e secou as lágrimas logo em seguida fungou o nariz. - Podemos não falar sobre isso no momento, por favor Carol.

- Tudo bem Day, Desculpa ter tocado no assunto, não quero te ver chorar, isso me dói de alguma forma que não consigo explicar. - Puxei a mesma para mais perto de mim envolvendo meu braço em sua nuca e fazendo carinho em seu ombro.
                                 
Já estava tarde e Day e eu estávamos sentada em um banquinho de madeira do Park tomando um sorvete quando sinto meu celular vibrar em meu bolso.

Mensagem on

- Filha venha em bora já está tarde, amanhã a senhorita tem aula.

- Ok pai já estou indo.

Mensagem off

Day se virou pra mim e perguntou quem era, disse que meu pai estava pedindo pra mim ir embora pois já estava tarde, ela comeu o sorvete dela tão rápido que eu nem vi e eu ainda estava na metade do meu.
                                 
Day parou sua moto em frente a sua garagem, ela colocou os capacetes em cima do banco da moto.

- Então Carol o que achou do passeio? Bem tirando aquela parte tensa, me desculpe por aquilo não estou preparada ainda para falar sobre o assunto. - Day parecia frágil e muito insegura, queria poder guardar ela em um potinho para ninguém machucar ela.

- Que isso meu amor tá tudo bem, o dia foi simplesmente incrível, você é maravilhosa ok. - Falei sorrindo e a abraçando, seu abraço foi forte, ela realmente precisava disso.

Ficamos nos falando mais um pouco e ela me levou até a porta da minha casa, quando a mesma foi se despedir de mim rolou um clima e a vontade que eu tive de beijar ela foi tão grande que eu a puxei pela nuca e juntei nossos lábios em um selinho levemente demorado, senti borboletas no meu estômago e uma sensação muito boa, não vou negar eu queria mais, mas sei que ainda não está no momento, ao nos separar Day se despediu com um tímido tchau e saiu quase correndo para a sua casa.

Fiquei parada na porta vendo ela pegar os capacetes de cima da moto e entrar em sua casa fechando a porta e logo fiz o mesmo.

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Olá galera linda do meu core, sumida como sempre né rsrs.

Como poderam ver dei uma atualizada nos outros capítulos que tinham algumas coisas que não estavam do meu agrado.

Um dia eu volto com outro capítulo.

Xoxo

A Garota do Fim Da RuaOnde histórias criam vida. Descubra agora