Fica!

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Dentro da ambulância.

Jesse tentava ajudar a paramédica a acalmar Miranda que estava muito abalada e não conseguia parar de chorar e tremer.

- Eu vou manter as portas fechadas, mas só partimos daqui a pouco, ok? Vamos tentar acalmá-la! - disse a paramédica tentando aferir a pressão de Miranda, mas ela não ficava quieta. Jesse tentava falar com ela:
- Olhe para mim! Olhe para mim! - disse ele tentando fazer com que ela olhasse ele nos olhos

- Está tudo bem agora! Está tudo bem agora!

Taylor e David Eigenberg chegaram. 

Tentaram passar pelo meio da multidão à procura de Miranda. Alguns fotógrafos, vizinhos e curiosos se aglomeraram em volta de Taylor, mas um policial que vigiava a barreira feita em volta da casa os ajudou a passar.
Assim que chegaram próximo da casa, viram uma mancha de sangue na neve que se acumulava próximo a entrada. Taylor tentou não pensar o pior.

- Onde ela está? - perguntou ele para outro policial que estava parado em um dos degraus da entrada.

- Na ambulância! - disse ele apontando para a ambulância estacionada.

Taylor bateu na porta da ambulância, a paramédica abriu. Ele viu Miranda chorando e sendo consolada e abraçada por Jesse.

Miranda começou a ficar em estado letárgico. Era o efeito do calmante que a paramédica havia aplicado com a ajuda de Jesse. Enquanto a paramédica posicionava o soro no suporte, Taylor observava a cena com um certo enjoo. 
Jesse ajudou a paramédica a posicionar Miranda na maca.

- David viu tudo na TV e me ligou! - disse Taylor meio sem jeito.

- Você está bem querida? Eu sinto muito! - gritou David ao lado de Taylor. Fizeram menção de subir na ambulância, mas foram impedidos pela paramédica.

- Vocês todos não podem entrar aqui! Nós vamos para o hospital Saint Elizabeth, nos encontrem lá, ok? - a paramédica fechou a porta e a ambulância começou a andar lentamente em direção ao fim da rua.

Antes que Taylor e David pudessem ir para seus carros, foram abordados por um um homem negro, alto e de aparência cansada que o fazia parecer mais velho do que possivelmente era. Logo eles constataram ser um policial. Seu distintivo estava pendurado no pescoço e ele usava um casaco do Departamento de Polícia de Chicago. Segurava um bloco de notas e uma caneta em uma das mãos.

- Bom dia, Sr. Kinney, sou o investigador Richard Ambrose. Posso lhe fazer algumas perguntas? - Taylor imediatamente respirou fundo, passou a mão nos cabelos e balançou a cabeça em afirmativo. David ficou parado ao lado dele, observando tudo.

- Sim? Ok! O senhor conhece ou já viu esse sujeito? - O policial Ambrose mostrou pelo celular, a foto do sujeito que invadiu a casa de Miranda. Era o mesmo que fotografou Taylor no outro dia. 

- Ele me fotografou aqui no outro dia em frente a casa! Vim falar com Miranda e quando fui embora, esse sujeito me abordou antes de entrar no carro, me fotografou e fez algumas provocações! Pedi que Miranda tomasse cuidado -  disse Taylor.

- Que tipo de provocações? Ele por algum acaso o ameaçou? - perguntou o policial Ambrose.

- Não, mas ele estava escondido entre os carros, como se quisesse algo. Me perguntou se eu e Miranda tínhamos um relacionamento. Geralmente os fotógrafos mantêm uma certa distância. É possível vê-los de longe. Assim como aqueles que estão ali - Taylor apontou para os fotógrafos que estavam com as câmeras apontadas para eles naquele momento - Às vezes eles gritam, fazem perguntas, mas não costumam se aproximar tanto - o policial Ambrose fazia pequenas anotações enquanto Taylor falava. David finalmente fez uma pergunta:

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