Não tem senha! É só sentimento! (parte 1)

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As memórias do que havia acontecido iam e vinham.
Parecia um sonho distante e ainda assim, tudo o que ela podia enxergar era luz. Uma luz forte. Ela mal conseguia enxergar onde estava...
Haviam vozes... Eles estavam rindo.
Estava no céu?
Com certeza o céu não era frio...
Apesar da luz forte como o sol, o lugar era muito frio...

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Taylor passou a noite inteira na delegacia.

O detetive Ambrose e o delegado Burke fazendo e refazendo perguntas. Tentando entender quem poderia estar por trás do sumiço das fotos. E mais importante ainda, onde estaria Miranda.

A preocupação de Taylor era visível.

- Nós temos que ir atrás dela! - disse ele preocupado.
- Infelizmente, precisamos aguardar a ação da equipe de inteligência, senhor Kinney! - respondeu o detetive Ambrose.
- Quanto tempo isso leva? - perguntou Taylor andando de um lado para o outro.
- Infelizmente não sei te dizer! - disse o detetive tentando esconder qualquer informação de Taylor.

Taylor olhou Ambrose diretamente nos olhos por pelo menos dois segundos (pareceram uma eternidade) antes de respirar fundo para falar.

- Nós precisamos procurar por ela agora!
- Não temos nenhuma informação de onde procurar, senhor Kinney! - insistiu Ambrose sem paciência.

Taylor esfregou os olhos antes de se sentar inquieto em uma das cadeiras desconfortáveis da sala do delegado Burke. Estava exausto e se sentia completamente incapacitado.

Apesar do carro estar estacionado próximo da delegacia, as câmeras de segurança próximas ao local não haviam captado nada que pudesse mostrar claramente quem era o suspeito.

Por volta das 7h30 da manhã, Taylor foi liberado.

Ao chegar em casa, deparou-se com um envelope familiar na bancada da cozinha.

- Mas que...(?) - Taylor pegou o envelope completamente desconfiado.
- Quem poderia ter deixado ali?

No apartamento, não havia sinal de que a porta de entrada havia sido arrombada, nada estava fora do lugar.

Imediatamente foi verificar os outros cômodos. Não havia ninguém em sua casa.

No quarto, observou rapidamente a cama antes de se sentar.

A lembrança e o cheiro de Miranda ainda estavam nos lençóis. Não fazia muito tempo, dois corpos haviam se tornado apenas um. Duas promessas, dois corações agora separados pela distância, o medo e a incerteza.

Taylor sentou-se na cama, abriu rapidamente o envelope e o virou deixando o conteúdo cair sob o colchão.

Um pequeno pedaço de papel dobrado e um pendrive.

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Quando aos poucos, Miranda conseguiu abrir os olhos, percebeu que seus pulsos estavam amarrados com braçadeiras plásticas na cabeceira de uma cama.
Haviam dois grandes softbox (equipamento de iluminação para gravação de imagens e fotografia) com as luzes ligadas na direção dela e um tripé com uma câmera apontada na direção dela.
Miranda conseguia sentir e ouvir o vento frio passando por algo que parecia ser uma plantação ou algumas árvores do lado de fora.
Estava com a sensação de que havia sido jogada num liquidificador. Seu corpo estava dolorido e sua cabeça latejava.

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