Connected

O tempo pareceu parar. Ou se dissolver completamente...

Miranda havia chorado durante todo o caminho para casa.

Eles deixaram Hermann com Linda antes de seguir para a delegacia. Miranda pediu que Taylor não a acompanhasse, mas ele insistiu dizendo que não sairia do lado dela.

Ela havia bloqueado seu telefone para algumas chamadas desde sua chegada do hospital. Não se sentia preparada para notificações de redes sociais, entrevistas, ou coisas do tipo. Porém, tentando se distrair no caminho para a delegacia, abriu seu e-mail e viu que haviam inúmeras mensagens em meio aos recados de seu agente, da Wolf Entertainment e das propagandas desnecessárias.

Eram e-mails de várias emissoras e sites sensacionalistas, pedindo explicações sobre as fotos que Miller havia tirado dela.

Miranda os ignorou, abriu um dos e-mails de seu agente e leu rapidamente.

Entre o cancelamento de alguns compromissos na sua agenda, ele pedia que Miranda não atendesse qualquer ligação que não fosse a dele ou de seu advogado.

Ver aquela quantidade de e-mails especulativos a deixou nervosa e ansiosa.

Miranda apertou o botão de bloqueio do aparelho, olhou para a rua e se mexeu no assento do carro inquieta.

Sem tirar os olhos da pista, Taylor pegou a mão de Miranda e a beijou.

- Te prometo que vai ficar tudo bem! - disse ele com carinho apertando de leve a mão dela. Miranda fazia o máximo para tentar acalmar sua respiração e controlar sua vontade de chorar novamente.

Ambos telefonaram rapidamente para seus advogados antes de estacionar perto da delegacia.

Miranda colocou um óculos escuro que Taylor guardava no porta-luvas.

- Podemos ir? - perguntou Taylor olhando para ela. Miranda assentiu.
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Quando chegaram, notaram que havia alguns curiosos e fotógrafos do lado de fora da delegacia.

Alguns policiais os ajudaram a entrar na delegacia sem que as pessoas os atrapalhassem.

- Hey Taylor! Hey Miranda! Vocês estão juntos? Podem falar com a gente sobre as fotos? - gritou um dos fotógrafos. Ambos ignoraram.

O detetive Ambrose os aguardava. Miranda tirou os óculos e ele notou seus olhos inchados e vermelhos.

- Desculpe incomodá-los! Me acompanhem, por favor! - disse ele os conduzindo para uma sala reservada nos fundos da delegacia.

Ambrose abriu a porta de uma sala de reunião grande, porém fria, de paredes brancas, sem janelas e de iluminação precária.
Havia uma mesa de madeira com oito cadeiras desconfortáveis,  um televisor de 32 polegadas preso por um suporte na parede e por fim, do lado direito da sala, havia um velho armário bege de arquivos com um vaso de plantas artificiais em cima. A quantidade de pilhas de arquivos e papéis em cima da mesa, indicava que a sala era pouco utilizada.

- Desculpem por não ter um lugar melhor, mas achei que aqui teríamos mais privacidade. Por favor, sentem-se! - disse Ambrose indicando duas cadeiras desconfortáveis e se sentando em uma delas de frente para os dois.

Taylor puxou uma cadeira para Miranda se sentar e sentou na cadeira ao lado. Miranda reconheceu a pasta que o detetive Ambrose segurava em uma das mãos. Mas o envelope das fotos impressas já não estava mais lá.

- Nossos advogados estão a caminho! - disse Taylor quebrando o silêncio.

- Sim! Podemos começar antes deles chegarem? Eu avisei a senhora Hebert (sobrenome da mãe da Miranda) sobre o ocorrido. Fui até a casa da senhorita, mas não estava? - perguntou o detetive Ambrose para Miranda.