Capítulo 9 ♂️

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Blake POV

Passo pela receção do hotel e encontro Josephine, a dona do hotel que recentemente se tornou minha patroa. Ela está a digitar alguma coisa no computador e assim que me vê abre um sorriso largo.

-Blake, precisava de falar contigo.

-Ai não diga que me vai despedir. Ainda nem fez uma semana que me contratou.

-Deixa-te de coisas. Queria pedir-te para começares a ficar aqui todos os dias durante a tarde quando saísses da escola. Sempre estive aqui sozinha e agora que estás aqui, queria passar mais tempo com o meu filho.

-Não há problema. Até porque o meu objetivo era ajudá-la e nos últimos dias consegui pessoas para se hospedarem.

-Pois... Já vi. O problema é que algumas sempre que passam por aqui me olham de lado e eu fico desconfortável.

-Não se preocupe com elas. Não merecem o seu tempo.

-Tens razão.

-Vou espairecer um bocado. Até amanhã.

Desço as escadas até à garagem e entro no carro. Pego no telemóvel e procuro um bar calmo na zona. Preciso mesmo de beber qualquer coisa e quem sabe, pode ser que tenha uma boa noite de sexo.

Assim que encontro o que procuro, ligo o rádio e dirijo-me até lá na maior das calmarias.

Quando o GPS afirma que cheguei, detenho-me antes de estacionar. Um rapariga está sentada na calçada com a cabeça apoiada nas mãos. Quando ligo os faróis para ver melhor, ela levanta a cabeça e para minha surpresa é a Catherine. A chorar.

"Não a posso deixar ali" é a última coisa que penso antes de a convidar para entrar.

Merda. Vai ser uma longa noite.

Catherine Cooper é uma rapariga bastante bonita, não posso negar

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Catherine Cooper é uma rapariga bastante bonita, não posso negar. Agora, que ela está apenas a três metros de distância de mim, sentada no banco do meu carro, é quando percorro atentamente os meus olhos pelo seu corpo. Os seus cabelos escuros encaracolados estão presos num coque despenteado, a sua cabeça está inclinada para trás, os seus olhos estão fechados impedindo as lágrimas de caírem e os seus lábios formam uma linha firme. As suas mãos estão entrelaçadas e pousadas no seu colo enquanto a sua perna exposta, devido ao vestido florido curto que está a usar, abana freneticamente por causa do nervosismo.

A única coisa que me disse depois de entrar no carro foi para eu seguir para o hospital. Depois disso, não me dirigiu a palavra e eu não tentei pressioná-la. Se eu tivesse no lugar dela também não ia gostar que me fizessem isso. O que me admira é o facto de a Catherine Cooper ter ficado sem palavras.

Conduzo pelas ruas de Portland. O relógio do painel de controlo marca 23:18 e eu percebo o porquê de ninguém estar na rua a esta hora. Mas claro que a Cooper tinha de ser diferente. A sua teimosia não a permite ficar em casa.

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