O mundo ao acabar.

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Milhares de almas sofredoras em todos os lugares do mundo e não há mais salvação alguma para nenhum de nós, pois somos apenas cascas moribundas e não merecemos salvação alguma, apenas sofrimento até o dia de nosso último suspiro.

Sinto o sabor amargo de cinzas ao ranger meus dentes; o mesmo sabor amargo e vazio de lágrimas e decepções a descer, arranhando a pele áspera da minha garganta; eu já posso deitar para dormir?

Eu já posso deitar para descansar?

Eu ergo minha cabeça com dificuldade, quase como se fosse pesada demais para o meu corpo fraco.

Eu ergo meu corpo pequenininho,

abro a boca,

mas apenas saem sons pequenos e agudos sem sentido algum.

Já é hora de acordar, mãe?

A Mastigar CrisântemosOnde histórias criam vida. Descubra agora