Uma vez mais.

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Chorando por amor mais uma vez.
Uma vez mais,
Só mais uma vez eu queria que esse não fosse um caso de 'mais uma vez'.

Sabe, às vezes eu consigo gostar de mim mesma. Eu gosto daquelas vezes em que eu aperto meus olhos bem forte, bem forte.
Fecho forte para que não vejam o quão grandes são; sempre me falaram do quão aberto meus olhos eram, tão abertos quanto os olhos de Maria de Nazaré quando agarrou o menino Jesus em seus braços e o apertou em seu forte acalanto e tão aberto quanto os olhos de Maria de Nazaré quando viu os olhos daquele homem ruim e nunca entregou sua ruindade para o mundo que ainda a vê como a eterna virgem de corpo, alma e coração que nunca verdadeiramente fora.
Gosto de quando fecho meus olhos forte assim porque as pessoas não podem ver o que verdadeiramente sinto. Já me disseram que se as portas da tua alma estão abertas demais um dia vão entrar por lá e roubar seu coração. Eu não quero isso pra minha vida, não…

Mas será que eu ainda tenho um?
Alcanço o buraco vazio no peito e me surpreendo.
Me surpreendo com a quantidade de cacos que existe lá dentro às vezes, acho que nunca vou me acostumar com esse sentimento vazio que você deixou depois de ir, depois de me dizer aquele último 'eu te amo'...
Ele ainda existe, mas dói. Todo o espaço vazio que ficou.
Me conserte?
Me coloque para dormir.

A Mastigar CrisântemosOnde histórias criam vida. Descubra agora