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Christopher ficou ali ao meu lado enquanto eu voltava a olhar o quarto

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Christopher ficou ali ao meu lado enquanto eu voltava a olhar o quarto. Era tudo o que sonhei para ela, que poderia não entender o que era tudo aquilo, mas que certamente se sentiria acolhida com muito amor em um ambiente totalmente pensado para ela.

(...)

— então, você já decidiu? Vai ficar aqui? — ele me encara.

— eu... — lhe encaro.

— espera... — ele me interrompe — eu tenho mais uma coisa pra te mostrar...

— Christopher... o que combinamos sobre comprar tudo pra ela? Eu também posso fazer isso..

— não... não é isso... vem. — ele caminha me chamando.

— e essa porta? — pergunto quando ele me encara de frente a outra porta trancada.

— abra... — ele diz.

Abri e vejo um belíssimo quarto de hóspede, todo delicado, fino, e arrumado. O que dava a entender que seria o meu quarto, seu ficasse lá.

— esse quarto é pra mim? — lhe encaro.

— se decidir ficar sim... — ele coloca a mão nos bolsos. — não sei se reparou, mas fica ao lado do quarto dela, e tem uma porta secreta, na qual você pode entrar à noite para vê-la, sem ter que cruzar o corredor, acho que você não se lembra disso né? — ele ri.

— não... não... eu lembro que só era uma quarto simples, você nunca me mostrou isso. — digo.

— talvez eu ja soubesse que teria o momento certo pra isso. Quando foi reformado a tempos atrás eu achava que um dia faria sentido, e agora, realmente... assim você vai ter mais privacidade com ela, sem ter que cruzar comigo no corredor... — ele muda a expressão. — e como pode ver a porta tem um trinco por dentro, para ninguém entrar.

— mas a casa é sua, cruzar com você no corredor seria óbvio, não é?— afirmo.

— então isso é um sim? — ele ergue as sobrancelhas.

— é... espero não me arrepender disso. — suspiro.

— não vai não... e obrigada Dulce, espero que vocês fiquem bem aqui. E se sinta em casa... — sorri.

— obrigada... na verdade ainda não entendi porque você mudou tanto comigo, no começo foi tão duro, tão irreversível... espero que não esteja com esperanças de voltar comigo.

— eu fui injusto. E agora estou sofrendo as consequências. Mas eu não vou tentar nada que não queira, infelizmente eu procurei isso. — ele me encara.

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