Luna
Logo que deixei o tal Benjamim sozinho para fazer o seu trabalho, voltei para concluir o meu que havia sido interrompido com sua chegada. Do local de onde estava tinha a visão completa do cowboy que trabalhava arduamente, entre testar som, violão e a acústica do ambiente, confesso que não entendia a importância de tudo aquilo, se dependesse de mim, apenas ligaria os microfones e largaria a voz a cantar e tocar violão. Embora, quando era bastante jovem fora bem versada, como diziam meus amigos "dá uma palhinha", modéstia à parte, gosto do som de minha voz, mas jamais faria da música uma profissão, isto era algo que fazia apenas para me divertir com os amigos. No entanto, o modo cuidadoso do cowboy me chama bastante a atenção, ele parece muito meticuloso em tudo que faz.
Uma hora aproximadamente após deixar o Benjamin cuidando de seus afazeres e tendo cumprindo a maior parte dos meus, decido oferecer um pequeno lanche para todos que estão colaborando na organização do ambiente para a inauguração. Com uma bandeja nas mãos repleta de sucos, refrigerantes e alguns sanduíches e afins, sigo em direção ao local onde está o meu novo cantor. Chegando ao local, estanco com a imagem que me deparo; o cara está sem camisa apenas o jeans justo que exibe toda aquela gostosura de corpo, com uma mão seca as gotas de suor que escorrem de sua testa, dando-me a visão de uma tatuagem no braço, onde a camisa escondia.
Repentinamente sinto a boca seca, minhas pernas por mais que queira que se movam, parecem pesar uma tonelada, então fico estática observando quieta o cara trabalhar por alguns segundos e posso jurar que senti minha calcinha encharcar com apenas a imagem do Benjamin trabalhando, suado e com aquela bunda perfeita naquele jeans apertado.
Mas que merda está havendo comigo? Que pensamentos são esses? Deve ser esses meses sem sexo, preciso urgente resolver isso, mesmo que não queira mais envolvimento emocional com mais ninguém, tenho minhas necessidades e sexo é uma delas. No entanto, nunca fui uma caçadora de homens, e nem pretendo começar ser agora.
Um barulho ao lado me retira de meus devaneios, sacudo a cabeça para espantar os pensamentos turbulentos que acabara de passar por minha mente. Era só o que me faltava, ter devaneios eróticos com o brutamontes que se acha o próprio Rodrigo Marim. Olhando para o lado vejo o Tonico vejo-o surgir com um olhar esquisito em minha direção, será que percebeu que eu praticamente babava diante seu amigo?
Mas que loucura é essa Luna? Acorda mulher, foco no trabalho, homens estão fora de seu radar há alguns meses, e é exatamente assim que deve permanecer.
— Oi Tonico, estava indo levar um lanche, você pode reunir o pessoal? Afinal ainda temos muito o que fazer até deixar isso pronto.
— Claro que faço D. Luna. Isso aqui vai ficar uma belezura, e espera só pra ver o Ben cantando. O cara é o melhor da cidade.
Mais uma vez meu olhar vagueia para o cara delicioso... quer dizer, para o cara que trabalha nos ajustes finais de montagem do palco, e devo admitir, está ficando sensacional. Mas, decido não dizer nada para o Tonico, afinal são amigos e não quero esse brutamontes achando que pode bancar de gostosão pra cima de mim, se bem que que o cara pode ser arrogante que nem o inferno, mas que é gostoso, isso é!
— D. Luna. — mais uma vez sou retirada do nevoeiro de pensamentos indecorosos. Olho para o rapaz que me olha como se eu estivesse com um tomate enorme no nariz.
— Que foi Tonico? — questiono abobalhada.
— A senhora pediu pra eu reunir o pessoal pra o lanche.
Será que tem como a Terra abrir-se e me engolir agora? Vergonha e constrangimento me engolfam de tal maneira que sinto minhas bochechas quentes.
— Claro, obrigada Tonico! Sabe, ainda está sendo difícil me adaptar...
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Impetuoso Amor/ NA AMAZON
RomansaRomance erótico entre um cowboy e uma veterinária recém chegada a cidade de São Tomé das Letras/ MG 🔞 PROIBIDO PARA MENORES DE 18 Linguagem e conteúdo impróprios para menores. Obra Registrada. Obra de minha total autoria, qualquer plágio resultar...