Weasley | VIII

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Demorei, mas cheguei! Leiam as notas finais, por favor.

Veritaserum or Imperius | Draco Malfoy

Eu não sabia o que meu pai queria armando aquela cena toda, mas não era idiota em acreditar naquela conversa de “sogro”. Lucius Malfoy nunca gostou do Potter e sempre o culpou por muita coisa, principalmente pela derrota do Lorde das Trevas que deveria ter colocado nossa família em posição de destaque.

Para o meu pai estar feliz daquela maneira em me ver com o Potter e não com a Astória, ainda que o sobrenome do Harry seja de uma família renomada, há algo mais que o meu pai ganharia com um possível namoro.

Esperava que o Potter me deixasse explicar que não tinha nada haver com aquilo, mas aquele grifinório era um teimoso.

—Vamos falar de dialogo? — questiona ao parar de caminhar e cruzo os braços na altura do peito — Sr. “vou mandar uma carta e confessar meus sentimentos para depois fingir que nada aconteceu” – me alfineta.

— Do que você está falando? — o olho realmente confuso.

— Também fazia parte do plano? — questiona irritado e triste — Tudo aquilo que escreveu.

— O meu pedido de desculpas foi sincero — afirmo.

Eu lembrava exatamente das palavras que usei ao falar que estava apaixonado. Foram vários rascunhos descartados, porque eu sempre acabava confessando os meus sentimentos, mas preferi enviar aquela carta impessoal me desculpando por tudo, mas fui sincero no que falei.

—E sobre estar apaixonado? – perguntou após um tempo em silêncio — Também foi sincero sobre aquilo?

— Mordred — levo as mãos ao rosto — Eu lembro de ter escrito isso, mas não foi essa carta que eu enviei para você.

Não podia ser.

— Como? — o Harry parecia tão confuso quanto eu — Eu ainda tenho essa carta — o garoto confessa envergonhado e com raiva.

— Você pode me mostrar? — pergunto. Eu acreditava nele, mas precisava ver aquela carta — Talvez não seja a minha letra.

— Tá me dizendo que tudo isso foi uma brincadeira? — o moreno questiona realmente magoado.

— Claro que não — balanço a cabeça negativamente — A carta que te enviei era outra, mas lembro exatamente dessas palavras. Podem ter sido trocadas.

— Quem iria querer isso? — ele faz a mesma pergunta que eu vinha me questionando.

— Não sei — respondo sincero.

Diferente da vinda a Hogsmeade, o silêncio da volta era desconfortável. Nós caminhamos um do lado do outro, mas mantendo uma distância.

Eu caminhava com as mãos enfiadas dentro dos bolsos para esquentar os dedos do frio e o Potter abraçava o próprio corpo tentando se proteger do vento.

Recusei a vontade de abraçá-lo, pois sabia que ele ainda estava magoado e eu não queria ultrapassar os limites dele.

Poucas pessoas estavam pelos corredores, pois ainda estava cedo para voltar do passeio. Estávamos tão perdidos dentros dos nossos próprios pensamentos que o Harry falou a senha do salão comunal, a qual eu não prestei atenção e entrou.

Ponderei se deveria seguí-lo ou ficar esperando ali fora. Olhei para os dois lados do corredor e entrei. O salão comunal da Grifinória era muito diferente do da Sonserina.

A lareira é adornada por esculturas de leões, poltronas estofadas de um vermelho escuro.  Há muito ouro em toda a torre. As paredes são cobertas com grossas mantas escarlates bordadas com ouro.

veritaserum or imperius (DRARRY)Onde histórias criam vida. Descubra agora