veritaserum or imperius (DRARRY)

Scars and "i love you"| XVI

Veritaserum or Imperius | Draco Malfoy

Eu já me decepcionei com meu pai várias vezes.

Entendia o seu desejo de poder e de manter a fama do sobrenome Malfoy, mas só não aceitava que ele fizesse isso às custas da própria família.
Lucius Malfoy parecia não entender que corríamos riscos ou simplesmente não se importava. Não há aliados numa guerra por poder e sonserinos sabiam bem disso.

Minha mãe odiava aquilo tudo, mas havia sido criada pela família Black, então foi ensinada muito bem para entender os jogos políticos das famílias bruxas e fingir. Ela fingia muito bem.
E eu, eu já estava cansado de ficar entre dois lados, não queria mais correr riscos por ideias malucos que meu pai acreditava.

E aqui estou eu reclamando a Mordred mais uma vez por meu pai ter me metido em mais uma loucura. O Lucius havia convencido a professora McGonagall de sua autoridade como pai e me levaria para casa por motivos familiares importantes.

Por um momento me preocupei com a minha mãe, mas fui trazido para esse lugar esquisito. Meu pai está preso e eu correndo o risco de ser morto por mais um louco que aspira o poder e que enganou o Lucius para participar do seu plano.

— O Harry não vai escolher — aviso, conhecia bem demais o meu namorado para saber que ele tentaria salvar a todos.

— Eu vou forçar ele a tomar uma decisão — segura a minha mandíbula com aquelas unhas imundas e eu sinto vontade de gritar.

— Não toque no meu filho — meu pai ralha sem poder fazer muita coisa, pois estava preso.

— Você que o trouxe pra mim, Lucius — o Grayback sorri — Vou cuidar bem do seu menino.

— Eu vou matar você — falo baixo e convicto daquilo. Só precisava pensar em como fazer aquilo sem me machucar.

— É o que veremos, garotinho — me encara e eu tento disfarçar o medo que estava sentindo.

[...]

— Você salva o seu namorado e eu mato o ministro deixando você levar a culpa por escolher um comensal — o Grayback diz para o Harry — Ou você salva o ministro e perde o namorado, mas vamos duelar e eu garanto que não vão sair vivos.

— Eu não quero morrer — falo alto para que o Harry preste atenção em mim, em partes aquilo era verdade — Não vou agir como um grifinório e dizer que vou morrer com orgulho.

— Salve o meu filho — meu pai pede e o Harry me olha preocupado.

— O seu tempo está acabando — o Grayback avisa ao Potter.

— Você sabe o que tem que fazer Harry — inclino a cabeça para o lado indicando o ministro e sorrio de canto.

Meu namorado pisca um dos olhos indicando que confiava em mim e eu respiro fundo, contendo o nervosismo ao segurar firme a varinha que meu pai  tinha esquecido de confiscar.

Harry e eu gritamos feitiços de combate ao mesmo tempo. Ataco o Grayback enquanto o Harry solta o ministro e o acorda. Quando percebo que os dois podem duelar com o Grayback corro para onde meu pai estava com os dois homens para soltá-los.

— Draco, cuidado! — o Potter grita e eu me viro para ver o Grayback vindo em minha direção.

Interrompi o meu ato heróico de lado e corro, deixando a varinha cair no chão. O Grayback parecia não se importar com os feitiços o atingindo e eu sinto tanto medo. Caio no chão e a última coisa que vejo é a mão dele arranhando meu rosto.

Achei que ele iria me morder.

— Avada Kedavra — um dos únicos feitiços que eu nunca esperei sair da boca do Harry, mas que fez com que tudo parasse.