Traitor | XV

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Veritaserum or Imperius | Harry Potter

Pulamos o café da manhã no dia seguinte para evitar os olhares e comentários quando a edição do Profeta Diário chegasse trazendo na manchete uma versão exagerada do que aconteceu ontem.

Sentamos em um dos muitos bancos de pedra no pátio do castelo e comemos com calma a comida que eu havia conseguido na cozinha de Hogwarts. Os elfos domésticos gostavam bastante de visitas e me faziam lembrar do Dobby.

Velho amigo.

— Harry! — o Draco reclama ao engasgar com o suco sem conseguir segurar o riso — Você não vai fugir das aulas extras flertando comigo, babe.

— Não, Malfoy? — arqueio uma das sobrancelhas e mordo o lábio inferior ao passar os dedos em meus cabelos os penteando para trás, expondo a cicatriz na testa — Poderíamos aproveitar o tempo livre de outro jeito, amor.

— Constrangedor — o loiro deixa um tapa fraco em meu peito negando com a cabeça — Talvez se você estivesse usando o uniforme de quadribol funcionasse... — pisca um dos olhos.

— Droga — murmuro fingindo estar frustrado, mas sorrio em seguida.

— Você falou que iria se esforçar — o sonserino me lembra e segura em minha mão com carinho para demonstrar apoio.

— Verdade. Você tem razão — acaricio a bochecha pálida encarando os olhos cinza com afeto — Posso ganhar um beijo antes da aula?

— Só um — o Draco mostra o dedo indicador para enfatizar o número de beijos — Ou vamos nos atrasar.

— É sempre sua culpa! — o acuso fazendo cócegas em sua cintura e ele se encolhe contra o encosto do banco.

— Você que não me deixa ir — o loiro me contraria.

Seguro no queixo pálido, sentindo a mandíbula marcada e trago o rosto do sonserino para próximo do meu. Acaricio a boca avermelhada com o polegar e sinto sua língua molhada serpentear entre os lábios e alcançar meu dedo, sentindo o sabor salgado da pele se misturar ao doce do bolinho, que havia comido a pouco tempo.

Uno nossas bocas sem pressa alguma, sentindo a textura dos lábios dele e a língua quente brigando por espaço com a minha. Aperto a cintura do Draco e ele leva uma das mãos para o meu pescoço aprofundando ainda mais o beijo nos deixando sem ar.

— Precisamos ir — ele diz ao deixar dois beijos rápidos e tentar levantar.

— Só mais um — o puxo para o meu colo o segurando em meus braços.

— Viu? Você sempre faz isso — o sonserino acusa, fazendo carinho em minha nuca com a ponta dos dedos e com os olhos cinza vidrados nos meus.

— E você sempre fica — eu sorrio com meus lábios próximos aos dele e sinto o sorriso do Draco se alargar antes de juntar meus lábios ao dele em mais um beijo intenso.

[...]

— Como assim vocês estão namorando e eu só estou sabendo agora? — a Pansy caminha de um lado para o outro com as mãos na cintura. O vento na região do Lago Negro bagunçava os cabelos curtos a deixando mais brava — Você sabia? — olhou para o Blaise que fingiu estar mais interessado numa flor que nascia em meio a grama.

veritaserum or imperius (DRARRY)Onde histórias criam vida. Descubra agora