38.🦋

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Meu castigo não ocorreu até a noite seguinte.

Noah novamente passa o dia em seu escritório, e eu não o vejo até o jantar.

Por alguma razão, eu não estou tão assustada quanto eu estava antes.

O pequeno interlúdio da última noite e dormir nos braços de Noah depois acalmou a minha ansiedade, me fazendo pensar que o castigo não será tão ruim quanto eu temia inicialmente.

Ele não parecia particularmente irritado que eu tinha descoberto sobre Maria, o que é um grande alívio.

Espero que ele vá renunciar a punição por completo, especialmente se eu fizer o meu melhor para me comportar hoje.

Nós três jantamos de novo, e eu escuto Noah e Sabina discutirem os mais recentes acontecimentos do Oriente Médio.

Me surpreende o quão bem informados ambos parecem ser sobre o tema.

Antes do meu sequestro, eu era muito boa em seguir os eventos atuais, mas eu nunca ouvi a maioria dos nomes dos políticos que eles citam.

Então, novamente, se Noah realmente dirigi uma empresa internacional de importação e exportação, faz sentido ele ter domínio sobre política mundial.

A minha curiosidade tem o melhor de mim de novo, e eu pergunto se a companhia de Noah faz um monte de negócios no Oriente Médio.

Ele sorri para mim enquanto ele espeta um pedaço de camarão com o garfo.

– Sim, meu animal de estimação, ela faz.

– Isso é para onde você foi nesta viagem?

– Não, diz ele, mordendo o camarão suculento.

– Eu estava em Hong Kong neste momento.

Faço uma nota mental de que Hong Kong tinha que estar perto o suficiente da ilha para ele voar para lá, exercer a sua atividade, e voar de volta, tudo dentro de dois dias.

Imagino um mapa do Oceano Pacífico na minha cabeça. É um pouco confuso, pois geografia não é o meu ponto forte, mas acho que esta ilha não deve ser tão longe das Filipinas.

Sabina me oferece algumas batatas ao tajin como acompanhamento para o meu camarão, e eu aceito, agradecendo-lhe com um sorriso. 

Tenho notado que temos mais variedade de alimentos logo após Noah voltar do continente.

Eu suponho que ele nos abastece com alimentos de onde ele vem.

Sabina sorri para mim, e vejo que ela está de bom humor.

Em geral, ela parece mais feliz quando Noah está aqui, mais alegre.

Tenho certeza de que não é divertido para ela, lidar com a minha atitude o tempo todo. Posso quase me sentir mal por ela – ‘quase’ é a palavra-chave.

– Eu nunca fui para a Ásia, digo a Noah.

– Hong Kong é realmente como eles mostram em filmes?

Noah sorri para mim.

– Bastante. É incrível. Provavelmente uma das minhas cidades favoritas. A arquitetura é fascinante, e a comida...

Ele faz um show de lamber os lábios.

– A comida é apenas para morrer.

Ele esfrega a barriga, e eu rio, encantada, apesar de mim mesma.

O resto do jantar passa da mesma maneira agradável.

Noah me conta histórias divertidas sobre os diferentes lugares por onde passou na Ásia, e eu ouço, fascinada, ocasionalmente, ofegante e rindo de alguns dos contos mais ultrajantes.

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