Sorvendo do meu próprio copo, eu estudo Sina quando ela olha pela janela para o chão que diminui rapidamente abaixo.
Ela está usando jeans e um suéter de lã azul, seus pequenos pés com um par de botas de pele de carneiro pretas robustas.
Uggs, eu acho que é assim que elas são chamadas.
Apesar do calçado fora de contexto, ela ainda parece sexy, embora eu agora prefira vê-la em vestidos de verão, sua pele lisa brilhando ao sol.
Observando sua expressão calma, eu me pergunto o que ela está pensando, se ela tem algum arrependimento.
Ela não deveria.
Eu a teria levado independentemente.
Como se sentisse meu olhar sobre ela, ela se vira para mim.
– Como eles descobriram sobre mim?, Ela pergunta em voz baixa.
– Os homens que me sequestraram, quero dizer. Como é que eles souberam da minha existência?
Com sua pergunta, todo o meu corpo fica tenso.
Minha mente relembra novamente daquelas horas infernais após o ataque na clínica, e por um momento, eu estou agarrado nessa mesma mistura volátil de queima de fúria e medo paralisante.
Ela poderia ter morrido.
Ela teria morrido, se eu não a tivesse encontrado a tempo. Mesmo se eu tivesse dado a eles o que eles queriam, eles ainda teriam matado ela para me punir por não ceder às suas exigências mais cedo.
Eu teria perdido ela, assim como eu perdi Maria.
Assim como nós dois perdemos Sabina.
- Foi a auxiliar de enfermagem na clínica. Minha voz sai parecendo fria e distante conforme eu coloco a minha taça de champanhe de volta na bandeja.– Liana. Ela estava na folha de pagamento daquela merda o tempo todo.
Os olhos de Sina ficam brilhantes.
- Aquela cadela, ela sussurra, e eu posso ouvir a dor e raiva em sua voz. Sua mão treme quando ela coloca para baixo seu próprio copo sobre a mesa.
- Que puta. Eu aceno, tentando controlar a minha própria raiva conforme as imagens do vídeo que aquele babaca enviou deslizam pela minha mente.
Eles torturaram Sabina antes de matá-la. Fizeram-na sofrer. Sabi, cuja vida não tinha tido nada além de sofrimento desde que seu pai, filho da puta, a vendeu a um bordel, na fronteira mexicana, com a idade de treze anos. Que tinha sido uma das poucas pessoas cuja lealdade eu nunca questionei.
Fizeram-na sofrer... e agora vou fazê-los sofrer ainda mais.
- Onde ela está agora? A pergunta de Sina traz-me de volta de um devaneio agradável onde eu tenho cada membro da Al-Quadar amarrado e à minha mercê. Quando eu olho para ela sem expressão, ela esclarece, - Liana
Eu sorrio para sua pergunta ingênua.
- Você não tem que se preocupar com ela, meu animal de estimação.
Tudo o que resta de Liana são cinzas, espalhadas no gramado da clínica nas Filipinas. A marca do interrogatório de Peter é a brutalidade, nentanto é eficaz, ele sempre tem as respostas depois.
- Ela pagou por sua traição.
Sina engole, e sei que ela entende exatamente o que quero dizer. Ela já não é a mesma garota que eu conheci naquele clube no seu país. Eu posso ver as sombras em seus olhos, e eu sei que eu sou responsável por colocá-las lá. Apesar dos meus melhores esforços para mantê-la abrigada na ilha, a feiura do meu mundo a tocou, maculando sua inocência.
Al-Quadar vai pagar por isso também.
A cicatriz em minha cabeça começa a latejar, e eu a toco levemente com a mão esquerda. Minha cabeça ainda dói de vez em quando, mas por outro lado, estou quase de volta ao meu estado normal. Considerando que bastante satisfeito com o estado das coisas.
- Você está bem? Há uma expressão preocupada no rosto de Sina quando ela levanta até tocar na área acima da minha orelha esquerda.
Seus dedos finos são suaves em meu couro cabeludo.
- Ainda dói?
Seu toque envia prazer pela minha espinha.
Eu quero isso dela.
Eu quero que ela se preocupe com meu bem estar.
Eu quero que ela me ame mesmo que eu roube
sua liberdade, mesmo que, por todas as razões, ela devesse me odiar.Não tenho ilusões sobre mim mesmo. Eu sou um desses homens que mostram no noticiário, os que todos temem e desprezam. Tomei uma mulher jovem porque eu a queria e por nenhuma outra razão.
Levei-a, e fiz dela minha.
Eu não dou desculpas para minhas ações. Eu não sinto nenhuma culpa também. Eu queria Sina, e agora ela está aqui comigo, olhando para mim como se eu fosse a pessoa mais importante em seu mundo.
E eu sou.
Eu sou exatamente o que ela precisa agora... o que ela anseia. Vou dar-lhe tudo, e eu vou levar tudo dela em troca. Seu corpo, sua mente, sua devoção – Eu quero tudo.
Eu quero sua dor e seu prazer, seu medo e sua alegria.
Eu quero ser sua vida inteira.
- - Não, está tudo bem, eu digo em resposta a sua pergunta anterior.
- Está quase curado. Ela afasta os dedos, e eu pego a mão dela, não estou pronto para renunciar ao prazer de seu toque. Sua mão é fina e delicada ao meu alcance, sua pele suave e quente.
Ela tenta puxar reflexivamente, mas eu não a deixo, meus dedos apertando em torno de sua pequena palma da mão. Sua força é insignificante se comparada a minha; ela não pode fazer-me libertá-la, a menos que eu opte por deixá-la ir
Ela realmente não quer que eu a deixe ir, de qualquer maneira. Eu posso sentir a excitação crescente dentro dela, e meu corpo endurece, uma fome escura desperta dentro de mim novamente.
Atingindo o outro lado da mesa, eu lentamente e propositadamente desato o cinto de segurança.
Então eu levanto, ainda segurando a mão dela, e a levo para o quarto na parte de trás do avião.
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Seja Minha (NOART)
FanfictionEu pertenço a Ele. Eu gostaria de mudar isso. Gostaria de não ter me apaixonado por ele. Eu tentei... eu juro que tentei, mas foi em vão... Meu nome é Sina Deinert, e está é minha história. Importante- a história a seguir faz parte do gênero "Dark r...