117.🌶

1.3K 90 125
                                    

Naquela noite eu durmo na cama de Noah, não na minha

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Naquela noite eu durmo na cama de Noah, não na minha.

Os médicos dão ok depois alertando-me para não bater nas costelas ou no rosto durante a noite.

Eu deito à sua direita, com a cabeça apoiada em seu ombro ileso.

Eu deveria estar dormindo, mas eu não estou.

Minha mente está zumbindo, cantarolando como uma colmeia.

Um milhão de pensamentos estão passando pela minha cabeça, minhas emoções oscilando de euforia à tristeza.

Estamos ambos vivos e mais ou menos intactos.

Estamos juntos novamente, tendo ambos sobrevivido contra todas as probabilidades.

Eu já não tenho dúvidas de que, de alguma forma fodida, estamos destinados a ficar juntos. Para melhor ou pior, que nos encaixamos um ao outro agora, nossas peças torcidas, danificadas, encaixadas juntas como um quebra-cabeça.

Não tenho a menor ideia do que o futuro nos reserva, se as coisas podem realmente dar certo novamente.

Eu ainda preciso convencer Noah a honrar minha promessa de Vinnie e eu preciso pedir aos médicos uma pílula de proteção mais cedo hoje.

Eu não sei se é possível engravidar tão rapidamente depois de perder o implante, mas não é um risco que estou disposta a correr.

A possibilidade de uma criança – de um bebê indefeso submetido a nosso tipo de me vida me horroriza agora mais do que nunca.

Talvez eu mude de ideia com o tempo.

Talvez em alguns anos, eu me sinta de forma diferente.

Menos temerosa.

Por enquanto, porém, estou agudamente consciente do fato de que a nossa vida nunca mais será um conto de fadas.

Noah não é um bom homem e eu já não sou uma boa mulher.

Isso deveria me preocupar... e talvez amanhã isso vá.

Nesse momento, no entanto, sentindo seu calor em torno de mim, tenho apenas conhecimento de um profundo sentimento de paz, da certeza de que isso é certo.

Que aqui é onde eu pertenço.

Levantando minha mão, eu traço meus dedos pelos lábios meio curados, sentindo a forma sensual deles na escuridão.

- Você vai me deixar ir?

Murmuro, lembrando nossa conversa há muito tempo.

Seus lábios se contorcem em um leve sorriso.

Ele lembra também.

- Não, ele responde em voz baixa.

- Nunca.

Deitamos em silêncio por alguns momentos, e então ele pergunta baixinho:

- Você quer que eu a deixe ir?

- Não, Noah.

Eu fecho meus olhos, um sorriso curvando em meus próprios lábios.

- Nunca.

  FIM
























Mas vocês querem uma nova temp? KAKAKAKAKAKAKKAKAKAKA

Seja Minha (NOART) Onde histórias criam vida. Descubra agora