14.🦋

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Desta vez, Noah deve se juntar a mim para o jantar.

Sabina arruma uma mesa para nós no térreo e prepara uma refeição que consiste em peixe local, arroz, feijão e banana.

É a sua receita do Caribe, ela me diz, orgulhosa.

– Você vai jantar com a gente?, pergunto, vendo quando ela carrega os pratos até a mesa.

Tomei banho e me vesti com as roupas que Sabina trouxe para mim.

São mais brancos rendados, sutiã e calcinha combinados e um vestido amarelo com flores brancas sobre ele.

Em meus pés, eu estou calçando sandálias de salto alto brancas.

A roupa é doce e feminina, muito diferente das calças jeans e tops escuros que eu normalmente uso.

Isso me faz parecer uma boneca bonita.

Eu ainda não posso acreditar que eles estão me deixando andar pela casa livremente.

Há facas na cozinha. Eu poderia roubar uma e
usá-la em Sabina a qualquer momento.

Estou tentada, apesar do meu estômago se agitar com o pensamento de sangue e violência.

Talvez eu vá fazê-lo em breve, uma vez que eu tenha a oportunidade de aprender um pouco mais sobre este lugar.

Estou aprendendo algo interessante sobre mim mesma.

Eu aparentemente não acredito em gestos grandiosos, mas sem sentido.

A voz fria e racional dentro de mim me diz que eu preciso de um plano, uma maneira de sair da ilha antes de tentar qualquer coisa.

Atacar Sabina agora seria estúpido. Isso pode resultar em eu ser presa ou pior.

Não, assim é muito melhor.

Deixá-los pensar que eu sou inofensiva.

Eu tenho uma chance muito maior de escapar dessa maneira.

Durante a última hora, eu estive sentada na cozinha, observando Sabina preparar a comida.

Ela é muito boa, muito eficiente.

Passar o tempo com ela me distrai dos pensamentos de Noah e a noite que está para vir.

– Não, ela diz, respondendo a minha pergunta. "

– Eu vou estar no meu quarto. Noah quer algum tempo sozinho com você.

– Por quê? Será que ele pensa que estamos namorando ou algo assim?

Ela sorri.

– Noah não namora.

– Não brinca. Meu tom é além de sarcástico.

– Por que namorar se você pode sequestrar e estuprar ao invés disso?

– Não seja ridícula, Sabina diz bruscamente. –Você realmente acha que ele tem de forçar as mulheres? Mesmo você não pode ser tão ingênua.

Olho para ela.

– Você quer me dizer que ele não tem o hábito de roubar mulheres e trazê-las aqui?

Sabina balança a cabeça.

– Você é a única pessoa além de mim que já esteve aqui. Esta ilha é um santuário privado de Noah. Ninguém sabe sequer que existe.

Um arrepio percorre minha espinha diante dessas palavras.

– Então, por que eu sou tão sortuda?, pergunto devagar, meu pulso pegando.

– O que me faz digna desta grande honra?

Ela sorri.

– Você vai descobrir um dia. Noah lhe dirá quando ele quiser que você saiba.

Estou farta de toda essa besteira de 'um dia', mas eu sei que ela é muito leal a meu captor para dizer alguma coisa.

Então, eu tento aprender algo.

– O que você quis dizer quando disse que deve a ele sua vida?

Seu sorriso desaparece e sua expressão endurece, seu rosto se estabelece em linhas duras, amargas.

– Isso não é da sua conta, menina.

E pelos próximos dez minutos, enquanto ela está terminando de pôr a mesa, ela não fala comigo.

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