27 - Ferimentos

217 13 2
                                    

[...]

O dia já começou faz algumas horas,  estamos na última aula. Por sorte elas acabaram rápido.

Professor: Bom, por hoje é só - começamos a guardar nosso material - não esqueçam que amanhã temos prova - ele se despediu e saiu

Eu: Não aguentava mais - suspirei

Levi: O professor é legal, vai

Lipe: O professor sim, a matéria não - respondeu e eu assenti

Bre: Qual problema vocês têm com Português?  - levantou colocando um alça da mochila nas costas

Eu: O mesmo que cê tem com Geografia - fiz o mesmo que ele

Levi: Olha lá,  Geografia é totalmente diferente de Português

Lipe: Os dois são chatos do mesmo jeito - ele e o Levi se levantaram

Sai da sala junto dos meninos, encontramos as meninas no meio do corredor.

Íamos todos juntos, mas a velha (que não é velha) da diretora me chamou. Mais uma vez.

Disse para o resto ir andando que depois eu acompanhava eles. Ela demorou uns 10 minutos para começar a falar, o que me deu mais raiva.

Diretora: Sente-se, por favor - ela sentou na cadeira dela e eu na da frente

Eu: O que aconteceu?  - perguntei sem empolgação

Diretora: Como você sabe, amanhã será a primeira prova de Português - lá vem - e a sua situação está um pouco - fez careta - você precisa tirar no mínimo um 8

Eu: Mas o ano ainda nem começou

Diretora: Por isso mesmo, se continuar dessa forma não sei o que fazer no final do ano

Tá,  cansei.

Eu: Claro que eu vou me esforçar pra tirar notas boas, mas não porque você quer - levantei enquanto falava - e na real, eu já cansei disso tudo - coloquei uma alça da mochila nas costas - se tiver mais alguma coisa para falar, converse com minha mãe amanhã - ela engoliu em seco, sorri falso e sai dali.

Sempre neguei a ajuda da minha mãe,  só que não aguento mais essa mulher pegando no meu pé.

Alguns vão pensar: "que criança, tem que colocar a mãe no meio". Mas eu nunca gostei de meter minha mãe em rolo meu, só que isso vai além de puxa saco de esola, ela tem algo contra mim.

Cheguei do lado de fora da escola e só tinha um carro preto, comecei a andar em direção a minha casa sem esperanças de esbarra com meu grupinho no caminho.

P. o.v Vitória-

Eu: A Beatriz não mandou nenhuma mensagem?  - perguntei aos meninos

Bre: Nada aqui - olhou no celular

Bru: Ela não mandou nenhuma para mim, tia

Levi: Aqui também não - colocou seu celular no bolso

Lipe: Nem aqui - olhou para mim

Bre: Você seria a última pessoa que ela mandaria mensagem, Lipe - falou em tom de brincadeira

O Felipe voltou a mexer no celular, sorrindo e negando com a cabeça.  A Beatriz me deve explicações.

Por Que Ele?Onde histórias criam vida. Descubra agora