72 - Eu Te Amo

165 12 3
                                    


Sentei na beira da piscina segurando uma latinha de cerveja que roubei da Larissa.

As meninas saíram pra dançar, ou comer alguma coisa, como a Bruna e a Marina. Eu acabei ficando um pouco distante dos outros, relaxando com os pés na água.

Alguém senta do meu lado e  vi que era o Felipe.

Lipe: Seria muita maldade eu te empurrar aí dentro?  - perguntou com humor.

Eu: Bom, eu puxaria você. Então você escolhe se quer ir junto ou ficar aqui, de boa - dei de ombros falando no mesmo tom.

Lipe: Aê, tem coragem de pular dali? - olhou para cima.

Segui seu olhar e percebi que a varanda daria perfeitamente pra fazer alguma merda.

Eu: Acho que sim, ela não é tão alta.

Lipe: Daqui pra noite, alguém faz isso.

Eu: E se não acontecer? - duvidei. Pus a latinha vazia do meu lado.

Lipe: Se ninguém fizer, eu mesmo faço - neguei com a cabeça.

Eu: Já percebeu o quanto cê gosta de pôr sua vida em perigo? - ele me olhou.

Lipe: Como se você também não curtisse uma adrenalina.

Eu: Longe de mim - fui irônica e ele soltou uma risada.

Lipe: Nós dois sabemos que essas coisas fazem a vida ter graça - inclinei a cabeça - e que se arriscar, as vezes, é bom.

Eu: Onde você quer chegar com isso? - franzi minha testa.

O Felipe sorriu e arqueou a sobrancelha. Antes que eu pudesse impedir, ele conseguiu me empurrar na piscina. Mas como "prometido", o puxei junto.

Eu: Você realmente gosta de pôr sua vida em risco! - afirmei fingindo estar brava.

Lipe: E você cumpre com sua palavra - passou a mão no cabelo, rindo.

Coloquei as mãos na borda e quando ia pôr força para subir, o Felipe segurou minha cintura.

Lipe: A adrenalina não é legal?! - virei para ele.

Eu: Depende... - o olhei.

Lipe: Do que? - colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha, deixando a mão na lateral do meu pescoço.

Eu: É que as vezes, elas nos faz agir pela emoção - ele sorriu.

Coloquei minha mão em sua nuca e o beijei, trazendo seu corpo ainda mais pra perto do meu. As mãos dele desceram para a minha cintura e meu outro braço se envolveu em seu corpo.

Senti meu coração acelerar,  pelo simples fato da gente nunca ter se beijado na frente de tanta gente.

Nós finalizamos o beijo com dois selinhos e um sorriso.

[...]

São 19:30 mas ainda tem pessoas na piscina. Acabei de terminar o meu banho, a Marina saiu na mesma hora que eu, então revezamos o banheiro.

Mari: Você acha que a academia também faria um milagre no meu corpo? - perguntou terminando de pentear o cabelo.

Eu: Teu corpo é lindo, Mari! - afirmei.

Mari: E por que você não fala isso do seu? - cruzou os braços.

Eu: Acho que é mais difícil achar as nossas próprias "qualidades", do que achar as dos outros.

Por Que Ele?Onde histórias criam vida. Descubra agora