Val: Isso é entediante - encarou o teto.Soltei uma risada baixa pelo drama que a Val vinha fazendo.
Alguns minutos depois ouvi a campainha e fui abrir a porta. Há uns 10 minutos começou a chover, e só está engrossando, então fui o mais rápido possível até a porta.
Vi a Larissa levemente encharcada, o que é bem estranho considerando que ela deveria ter se molhado completamente.
Lari: Eu disse que vinha - deu de ombros e eu dei passagem.
Eu: Não botava fé - confessei.
Lari: Na moral? Chamou eles mas me deixou de fora?! - fingiu estar brava.
Val: Lari! - sorriu e veio na direção dela, abraçá-la.
Lari: Pelo menos você! - retribuiu o abraço.
Lipe: Qual é doidona, pegou chuva.
Lari: Se alguém tivesse me dado uma carona, talvez eu não tivesse pegado - disse em tom de indireta.
E que indireta mais direta, ein, Larissa.
Eu: Tá, você chegou então nós podemos ir lá pra cima - as meninas assentiram.
Pegamos o brigadeiro na geladeira, três colheres e subimos direto pro meu quarto.
O som da chuva estava um pouco alto, mas quando fechei a porta, ele diminuiu. E isso nos ajudou na hora da conversa.
Sentamos na minha cama em um tipo de triângulo, colocamos o prato no meio, e começamos a conversar e comer.
Val: E.B., quem vai primeiro? - Larissa olhou com a testa franzida.
Eu: Emergência de Brigadeiro - expliquei.
Lari: E como assim "quem vai primeiro?" - isso eu não saberia explicar.
Val: Vocês nunca fizeram isso? - negamos com a cabeça - Meu Deus, em qual planeta vocês vivem?! - riu de nós.
Eu: Geralmente comemos o brigadeiro fazendo nada.
Val: Tá, funciona assim; quem pegar uma colher de brigadeiro, tem a vez. E pode falar qualquer coisa, por exemplo, sobre algum garoto, dúvida, desabafo... - assentimos.
Lari: Isso é muito clichêzinho.
Val: Bom, eu e as minhas amigas fazíamos isso na minha outra cidade. Vale a pena tentar.
Acabamos concordando em fazer algo tão brega. Afinal, nomear algo com noite das garotas já era bem brega.
A Val começou. Ela disse algo sobre sua antiga escola, mas não prestei tanta atenção porque meu pai me ligou. Ele e a minha mãe tinham ido ao mercado, comprar algumas coisas, e falaram que vão chegar um pouco mais tarde por conta da chuva.
Pelo o que entendi, era impossível passar por uma rua, pois a chuva fez uma..."piscininha". Me pediram para avisar ao Breno e eu mandei uma mensagem. Não estou afim de estragar o clima que estamos criando aqui.
Por mais que pareça algo de patricinhas de algum filme, estava divertido - até porque são minhas amigas, brigadeiro e conversa.
Continuamos com as confissões, comentários e perguntas aleatórias - sem contar com as risadas, parecíamos três hienas.
Era uma coisa mais tranquila, e tudo fluiu naturalmente. Eu me senti realmente a vontade. Não que eu não me sentisse antes, mas tivemos uma conversa tão natural que foi incrível.
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Por Que Ele?
Teen FictionAs vezes o amor não tem explicação, ele só acontece. Quando menos esperamos. Mas eu só queria entender...Por que ele? - Beatriz, é uma adolescente que carrega mágoas dentro de si, e após dois relacionamentos finalizados, ela encontra seu terceiro a...