105 - Loira Esquisita

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Sábado, 09/08

  A manhã passou voando, por mais que eu tenha acordado relativamente cedo. É um sábado, eu não iria me acordar às cinco da manhã à toa!

  Bom, mas já eram duas da tarde e como combinado, eu e o meu namorado viemos fazer vários nadas no Shopping.

  O dia estava perfeito, até uma loira esbarrar na gente e reconhecer o Felipe da puta que pariu. Acontece que eles estão conversando há uns 10 minutos e eu fiquei aqui, parecendo um cachorrinho de estimação.

Lipe: Então depois a gente se vê.

Loira: Claro! Cê precisa ir mais lá em casa. - deu um soquinho em seu ombro enquanto sorria.

  Revirei os olhos disfarçadamente enquanto os dois terminavam de se despedir. Voltei a andar e logo o Felipe me acompanhou.

Lipe: O que cê quer comer? - tentou pegar na minha mão mas eu cruzei os braços.

Eu: Não tô com fome. - fui seca.

Lipe: Mas a gente veio pra comer.  - falou em meio à uma risada e pôs o braço ao redor do meu pescoço, mas eu me afastei.

Eu: Desencosta. - apressei o passo.

Lipe: Meu Deus, cê ficou puta do nada?! - ignorei - É por causa da Nayara?

Eu: Então a loira esquisita tem nome?!... - disse sem olhá-lo.

Lipe: Qual é, ela é irmã do Nicolas,  ele é meu amigo.

Eu: E eu sou o que? - parei e o olhei - Prima do seu amigo?! - fui irônica.

Lipe: Cê não tá com ciúmes, né? - segurou a risada.

Eu: Não. Você não viu o jeito que ela me ignorou? Como se eu nem tivesse ali?! - pesei a respiração.

Lipe: Ela é daquele jeito. Era só implicância.

Eu: "Cê precisa ir mais lá em casa." - imitei sua voz junto com o soquinho.

  Isso parecia estar engraçado porque o Felipe não parava de sorrir ou rir. Mas pra mim, não tinha nada disso.

  Ele segurou meu pulso levemente e o puxou para trás do seu corpo, me fazendo grudar nele. Demonstrações de afeto em público não era mais um problema, mas por sorte, aquele corredor estava praticamente vazio.

Lipe: Eu te amo. - beijou minha testa - Mas vamo comer. - pediu.

Eu: Quero alguma coisa do BK. - me soltei e voltei a andar, tentando manter a pose durante as borboletas.

[...]

  Depois do lanche, eu obriguei o Felipe a ir em uma loja comigo. Eu estava com uns pontinhos por ele não ter me apresentado à loira, então quase não ouvi reclamações.

  Mas como tudo que é bom dura pouco, não demorou muito pra que tudo começasse. 

Lipe: Por que cê é tão indecisa pra comprar roupa? - passou a mão na nuca.

Eu: Do que adianta comprar se ela não ficar perfeita?! - me olhei no espelho.

Lipe: Você não fica assim quando veste minhas blusas.

Eu: Porque eu não tô comprando elas. - dei de ombros.

  Após reclamações e birras extras, saímos do Shopping com algumas peças novas de roupa.

  Antes de vir pra minha casa, passamos na do Felipe. Dei sorte da Larissa não estar por lá e esbarrar apenas com o Caio. Fiquei conversando com  ele até o meu namorado descer.

  Minha relação com o tio Caio sempre foi muito tranquila; vai desde trocarmos brincadeiras até decidir algo sério - obviamente a segunda parte é bem mais rara.

  Bom, nas não demorou muito para que eu estivesse em casa com o Lipe. Com os meus pais fora a noite inteira, meu irmão com certeza iria sair também, e eu tenho a casa inteira só pra mim!

  Ou para os cachorros e para mim, tanto faz.

  Inclusive, o Felipe e o Pingo estão em uma troca de carinhos faz uns 10 minutos. Eu estava sentada no balcão, observando aquela cena, e imaginando meu namorado segurando minha cintura enquanto me beija contra a parede.

  Desculpa, mas era a única coisa que passava na minha mente.

  Sai dos meus pensamentos com a Maya pulando em cima de mim, parecendo uma desesperada por atenção. Comecei a fazer um cafuné e foi inevitável soltar um sorriso quando ela fechou os olhinhos.

Lipe: Nossa, a Maya é quase do teu tamanho. - se aproximou fingindo surpresa.

Eu: Sério? Nunca percebi! - ironizei e ele riu - Vem cá, vamo ver um filme? - peguei em sua mão, ainda no balcão.

Lipe: Uh, filme...- falou malicioso enquanto ficava entre minhas pernas.

Eu: Eu te deixo escolher.  - apoiei meus cotovelos em seus ombros deixando meus braços esticados e cruzados.

Lipe: O filme nem vai importar,  no final. - beijou o canto da minha boca.

Eu: Depende. Se você pôr Marley & Eu, eu vou passar duas horas chorando. - ele soltou uma risada.

Lipe: Marley & Eu é sacanagem. - concordou - Vou te colocar pra assistir 365 dias. - voltou ao tom malicioso.

Eu: Nós vamos ser melhores do que os principais. - sorri e lhe dei um selinho.

  Logo ele me deu outro e nos beijamos. As mãos dele estavam na minha cintura fazendo uma leve pressão nas pontas dos dedos, levei minha mão direita até a lateral do seu pescoço.

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Capítulo curto, perdão,
mas sexta-feira (03/09) tem outro
cap.    :)

Até a próxima <3

Por Que Ele?Onde histórias criam vida. Descubra agora