Capítulo 25

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DANIEL

Camila acabara cedendo à idéia e partimos em um fim de tarde de uma sexta. Eu havia dado folga a ela, alegando que tiraria uns dias de férias.

Os rumores do nosso relacionamento já corriam soltos por toda a empresa, segundo o que Camila mesmo havia me dito, já que nada do que era cochichado pelos corredores chegavam corretamente aos meus ouvidos.

Mas era o que vinha acontecendo, não era? Eu deveria assumir o posto de namorado logo. Mas ainda me sentia retraído ao pensar nisso.

Apresentar Camila á minha mãe foi uma ideia muito boa. Eu sabia que as duas se dariam muito bem, que D. Augusta ficaria muito feliz com a notícia. Mas ainda me sentia retraído diante da idéia de tanta responsabilidade com um relacionamento.

E olha que quem dizia isso era o CEO de uma das maiores empresas do Brasil.

Mas estava na hora de começar a mudar isso.

Chegamos à casa, que ficava em um ponto isolado, de frente para a praia.

Ela era grande, mas muito simples. Ficava em um ponto um pouco acima do mar, toda em madeira, com uma varanda que estava iluminada.

A noite já caia quando chegamos, com os últimos resquícios de sol desaparecendo no céu.

Estacionei o carro e saltei indo para a direção de Camila e abrindo a porta para ela.

— É tão lindo. — Ela observava a casa com admiração.

— Eu espero que você goste. — Estendi a mão, pedindo a dela que logo me entregou e caminhamos em direção à casa em silêncio.

Apenas o som das ondas ricocheteando a areia, acalmando tudo ao seu redor.

Entramos na varanda e peguei a chave que estava em um esconderijo onde eu havia pedido ao caseiro que cuidava dela deixar. Estava tudo cheirando a limpeza e a casa estava abastecida de alimentos.

Quando Camila entrou, fechei a porta logo atrás.

A pequena Lara havia ficado. Camila estava meio receosa, mas acabou cedendo à insistência de Natália e minha mãe, que já estavam apaixonadas pela criança.

Ela começou a observar a casa. Era decorada, mas nada tão pessoal. Havia algumas fotos sobre um rack e Camila foi em direção.

Era fotos antigas, a maioria de viagens que fizemos naquela casa mesmo.

Ela pegou uma em que estávamos eu, Natália e nosso pai. Era em frente ao mar, nesta mesma casa. Éramos apenas crianças, mas eu me recordava muito bem de cada momento feliz em que passamos ali.

— Seu pai? — ela perguntou enquanto passava os dedos sobre a foto.

— Sim. Ele adorava essa casa.

— O que aconteceu com ele? — Era uma pergunta sem pretensão, que ela fez por curiosidade apenas.

— Ele ficou doente. Foi uma fase difícil.

— Eu sinto muito.

— Não se preocupe.

Ela passou pelas outras fotos, várias de infância.

Quando acabou de inspecionar, ela se virou para mim.

— E o que temos para fazer? — ela perguntou na inocência que me fez sentir culpado pelos pensamentos que passavam pela minha cabeça.

— Podemos conhecer o resto da casa. O quarto é muito bonito. — Mordi um dos lados do lábio inferior, esperando ficar algo sensual.

— E quem disse que quero conhecer o quarto? — Ela levantou uma sobrancelha desafiadora.

Um CEO ConquistadoOnde histórias criam vida. Descubra agora