Epílogo

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Entrei no Chaz's com um braço cheio de comida e uma sacola de bebê cheia. Todos os homens Herrera estavam reunidos em um círculo no chão em torno de uma pequena garotinha de cabelos negros, de olhos azuis, de dois anos de idade. Seu cabelo estava trançado pelas costas, mesmo que eu o tivesse deixado solto quando a deixei. Perguntei-me qual dos imensos e atraentes homens tinham se atrapalhado com seus cabelos delicados para conseguir isso tão perfeito.

Becca se sentou no centro de seu pequeno círculo em seu vestido rosa choque com seu pequeno conjunto de chá de plástico ao seu redor. Ela tinha todos os homens Herrera comendo na palma de sua mão e sabia disso.

— Mama! — ela gritou, levantando-se do chão e correndo para mim, tombando para frente e os cinco homens gritaram e se lançaram para tentar impedir sua queda.

— Ela está bem, — eu disse, balançando a cabeça para eles. — Vocês não podem protegê-la de cada ralada e hematoma.

— Inferno se não podemos! — Insistiu Shane, levantando-a do chão e tocando o nariz.

— Ajude-me aqui, Helen, — eu disse, olhando-a enquanto caminhava, balançando a cabeça.

— Menina, desista. Esta é a primeira garota Herrera em cinco gerações. Ela vai ser muito mimada.

— Um de vocês precisa encontrar uma garota, — eu disse, trocando com Shane a comida pela minha filha. — E faça alguns bebês para esta família bajular.

— Ei, ela tem dois anos agora, — disse o pai de Alfonso, acenando com a cabeça para mim. — Eu acho que é hora de ela conseguir um irmão ou uma irmãzinha.

Eu ri, esfregando uma mancha de glacê gelado de sua bochecha. Alguém deu doces antes do jantar. Novamente. Realmente não havia conversa com eles. — Papai? — ela perguntou.

— Ele está vindo do trabalho, — eu disse, descendo-a e acariciando seu traseiro enquanto ela corria para o mais próximo de seus tios.

Eu fiquei de pé e assisti a minha nova família conversar ao redor, Helen tirando a comida das sacolas e empilhando-a na mesa. Shane e Eli estavam pegando cervejas. Mark estava falando com seu pai. E Ryan estava jogando Becca no ar para cima e para baixo acima de sua cabeça, fazendo-a gritar e rir.

Era difícil acreditar que, há pouco mais de três anos, eu vivia sozinha na cidade. Com medo de ficar muito perto de qualquer um. Ainda completamente consumida pelo meu passado. Cortando minha pele. Bebendo todas as noites. E tudo bem. Naquele momento, isso parecia ser o melhor que conseguiria. E, vindo de onde eu vim, era muito bom.

Às vezes, é louco quanto você pode mudar quando apenas uma coisa muda.

Alfonso. Alfonso entrou em minha vida e mudou tudo.

Como se eu o chamasse, ele entrou pela porta, vindo para o meu lado e envolvendo um braço em volta da minha cintura. Ficamos lá silenciosamente por muito tempo, observando a todos.

Há pouco mais de três anos, Alfonso estava fugindo tão longe dessas pessoas. E ainda aqui estávamos: todos juntos. Uma família grande, feliz, louca, disfuncional, de agiotas, operadora de sexo por telefone e artista de tatuagens.

— Papai! — Becca gritou, tentando saltar para fora dos braços de Ryan e ele tentou pegá-la quando ela começou a cair. Essa era minha filha, completamente despreocupada com o perigo e as consequências.

Ao meu lado, Alfonso inclinou-se e a agarrou, colocando-a no quadril e recostando-se em mim.

— Engraçado, como as coisas mudam, não é? — perguntei, deitando minha cabeça no ombro dele.

For a good time, call...Onde histórias criam vida. Descubra agora