Capítulo 2

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Anteriormente...

Ele tirou o óculos, o fechando lentamente sobre a mesa, voltando seu olhar para mim. O homem era ridiculamente bonito, tenho que admitir. Forte, ruivo, com barba por fazer e olhos que, com a luz em cima, estavam incrivelmente verdes. Desgraçado.

- Essa devia ser sua última preocupação, querida – ele respondeu debochado, com um sorrisinho irritante.

- O que você quer comigo? Por que estou presa aqui? – segurei a língua antes de perguntar por Diego. A situação estava me perturbando e, realmente, o carro era minha última preocupação.

- Vamos ser diretos, ta bem? Você só precisa colaborar comigo – eu juro, se ele tirasse a expressão debochada do rosto dele eu até tentaria ser educada – seus amigos conseguiram escapar, mas foi fácil te pegar...

- Vá se foder! – respondi irritada, tentando mais uma vez avançar nele.

- Se acalme. Tenho certeza que você irá mudar de ideia depois de me ouvir, Hande García.

Kerem

Pude ver sua expressão vacilar assim que falei seu nome, mas ela se recompôs no segundo seguinte, tentando se mostrar não afetada.

- Olha, antes que queime seus neurônios tentando descobrir como sei seu nome, irei me apresentar - Hande fez uma cara de deboche e me encarou, esperando – meu nome é Kerem, Kerem Bursin, sou Agente Especial do FBI e sei tudo sobre você e sobre o que estava fazendo hoje. Sei quem é seu pai, sei sobre suas corridas, sobre seu namoradinho e sobre o que vocês estavam fazendo hoje – vi sua expressão permanecer controlada, mas observei seu corpo tensionar entregando seu nervosismo – então, ou você coopera comigo ou segue direto para sua nova casa, se é que me entende...

A mulher me fuzilava e eu quase podia sentir os golpes que ela estava imaginando desferir sobre mim. Ela possuía um corte em sua testa e alguns arranhões, mas para o apagão que causei nela enquanto estava em velocidade máxima na estrada, estava surpreendentemente bem.

Depois que joguei a bomba com o gás e ela desmaiou, ao mesmo tempo que seu pé saiu do acelerador, o carro perdeu a direção. A alcancei em segundos e me joguei pelo buraco que havia feito por trás do carro, abandonando minha moto, assumindo a direção e conseguindo evitar um acidente.

Seu namorado havia conseguido fugir e o filho da puta nem mesmo havia tentado me impedir de a levar. Bom, agora ela era minha. Digo, estava sobre meu controle e com certeza iria ficar do meu lado.

- Eu não sei do que você está falando – como esperado, ela tentou negar. Arqueei a sobrancelha para a mulher na minha frente e joguei os papéis em minhas mãos em sua direção. – o que é isso?

- Estou liderando uma investigação há 4 anos sobre tráfico humano no México. Nesses papéis, há centenas de nomes, incluindo figuras famosas, grandes empresas, políticos, artistas, tudo o que consegui reunir nesse período. Alguns já foram presos, conseguimos acabar com muitos. Mas, recentemente, descobrimos que há uma nova rede – ela me encarava confusa.

- Okay... O que eu tenho haver com isso? – parei para a observar. Seu olhar era pura confusão, confirmando minha desconfiança de que ela não fazia ideia de nada.

- Cartel Sinaloa. Reconhece esse nome? – a provoquei, sabendo que ela não iria mentir. Minha percepção nunca falhava.

- O que? Olha, tudo bem, eu confesso. Estava fazendo um carregamento hoje, mas eram drogas, cocaína ou sei lá o que, mas eram drogas. Não estou envolvida com... Isso que você disse.

ŞAH MATOnde histórias criam vida. Descubra agora